Albatroz-das-galápagos: saiba tudo sobre esta ave

Com três metros de envergadura uma vez estendidas as suas enormes asas, o albatroz-das-galápagos é capaz de voar na vertical e de percorrer até 1.000 quilômetros saindo do seu ninho para encontrar comida.
Albatroz-das-galápagos: saiba tudo sobre esta ave

Última atualização: 16 abril, 2020

Também conhecido como albatroz ustulado, é o único membro de sua família que vive nos trópicos. Neste artigo, vamos contar tudo que você precisa saber sobre o albatroz-das-galápagos, uma ave mais do que especial.

Características do albatroz-das-galápagos

O seu nome científico é Phoebastria irrorata e ele pertence ao gênero Diomedea. Como principal característica, podemos indicar que o albatroz-das-galápagos é o único dessa família que vive nos trópicos, mais especificamente nas ilhas Galápagos – daí o seu nome – durante a época de reprodução e no litoral do Peru e do Equador durante o resto do ano.

É uma ave muito longeva, que pode viver até os 80 anos, mas que infelizmente está em perigo crítico de extinção: ela é protegida em um parque nacional, mas é vulnerável à pesca ilegal, ao turismo e à poluição com resíduos plásticos.

Quanto à sua aparência, esse albatroz mede quase 90 centímetros e pode pesar cerca de dois quilos. Quando adulto, tem penas brancas no pescoço, peito e patas, cinza claro na barriga e cinza escuro nas asas. Além disso, o bico é amarelo. Os filhotes são quase completamente cinzentos, incluindo o bico.

Hábitos e dieta do albatroz-das-galápagos

A alimentação deste pássaro tropical não é muito variada: peixes, crustáceos e lulas. Isso significa que tudo que ele come está no mar. Devido ao declínio da disponibilidade de alimentos nos últimos tempos, já foram vistos exemplares de albatrozes-das-galápagos comendo restos regurgitados por outras aves.

Para caçar ou pescar, o albatroz segue rotas lineares ao longo da costa do Peru e percorre 1000 quilômetros em relação aos locais de reprodução habituais. Também já foi observado que ele pode voar em círculos em cima de um cardume e atacar no momento menos esperado.

Albatroz-das-galápagos

Outra das qualidades do albatroz-das-galápagos é que, com as suas asas de três metros de envergadura, ele pode planar de acordo com os ventos ou atingir velocidades máximas de 90 km/h!

Sem dúvida, o voo do albatroz-das-galápagos é a sua principal característica e, por isso, ele foi muito estudado. É por isso que sabemos que ele pode voar durante horas sem parar e também consegue voar na vertical.

Como a velocidade do vento perto da superfície do mar é menor do que a 15 metros, eles preferem voar mais alto. Eles podem ter alguma dificuldade para pousar devido à velocidade que atingem e à maneira como batem as asas.

Às vezes, para conseguir tocar a terra, eles escolhem penhascos ao longo da costa em vez de interromper o voo no meio da colônia.

Albatroz-das-galápagos

Reprodução 

Para o cortejo de reprodução, o albatroz-das-galápagos protagoniza um maravilhoso espetáculo: o macho gira em círculos em torno da fêmea, arqueia o bico e emite sons específicos. Vale a pena destacar que eles são monogâmicos até que um dos dois membros do casal venha a falecer.

Quanto aos filhotes, ele constrói os seus ninhos em áreas vulcânicas onde as erupções de lava são frequentes. Ele procura locais com pouca vegetação, mas com uma vegetação espessa entre as rochas. A fêmea põe os ovos entre abril e junho, chocando-os durante dois meses.

Quando os filhotes nascem, eles permanecem com os pais e são completamente dependentes deles. Os pais saem para caçar e os ‘bebês’ ficam esperando no ninho. No bico, eles podem acumular até dois quilos de comida para alimentar os pequenos. Quatro meses depois, os filhotes saem do ninho e se dispersam da colônia em janeiro, juntamente com os outros espécimes adultos.

Todos os animais são maravilhosos e chamam a nossa atenção, mas o albatroz-das-galápagos nos deleita com os seus voos majestosos e sua grande envergadura.


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  • Anderson, D. J., Huyvaert, K. P., Apanius, V., Townsend, H., Gillikin, C. L., Hill, L. D., … Vargas, H. (2002). Population size and trends of the Waved Albatross Phoebastria irrorata. Marine Ornithology.


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