A artrose canina: diagnóstico e tratamento

A artrose canina: diagnóstico e tratamento

Última atualização: 24 dezembro, 2015

A artrose canina é uma enfermidade degenerativa das articulações, sendo a causa de dor crônica mais comum entre os cães. Ocorre em maior medida em cães idosos, embora a obesidade faça com que os cães mais jovens também possam vir a desenvolver esta enfermidade.

A artrose se desenvolve em virtude de um desgaste da cartilagem que recobre o interior das articulações e os ossos, gerando perda da elasticidade que, por sua vez, gera dor e impedimento da mobilidade normal do cão. Esta enfermidade deve ser tratada imediatamente, de um diagnóstico precoce dependerá a qualidade de vida do cão.

Diagnóstico

O diagnóstico da artrose pode ser difícil em suas fases iniciais, principalmente porque os cães tendem a deslocar o peso de uma articulação doente para uma saudável, evitando fazer pressão sobre esta. Portanto, será muito complicado se dar conta de que o cão está sentindo dor, inclusive para os veterinários.

Em muitos casos, os cães desenvolvem uma claudicação ou qualquer alteração no apoio (como manter uma pata levantada, se forem machos começam a urinar sentados, etc.) de maneira intermitente. O cão poderá brincar e correr regularmente, por isso não será causa de alarme em um primeiro momento.

Entretanto, na medida em que a enfermidade avança e deteriora a articulação, a claudicação se fará contínua e, dependendo do grau de degeneração arterial, evitará o movimento e mostrará sintomas da dor ante o simples toque da articulação afetada.

Outros sintomas que nos ajudam a detectar a artrose podem ser:

  • Movem-se de forma lenta, mostram-se resistentes a sair para passeios, é difícil para eles acompanhar o nosso ritmo.
  • É difícil ficar em pé ou se sentar, fazem-no muito devagar ou tomam posturas pouco usuais.
  • Inapetência.
  • Irritabilidade, agressividade, nervosismo, estresse ou insônia. O cão não quer ser tocado nas áreas que estão sendo afetadas pela enfermidade.

Prevenção

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A artrose pode ser prevenida através de fáceis cuidados durante a vida do animal, alguns destes cuidados são:

Alimentação

O cão deve se alimentar adequadamente, em especial evitando o sobrepeso. Os cães que sofrem de obesidade tendem a submeter a suas articulações a um sobre-esforço, produto do peso de seu corpo, acelerando o desgaste das mesmas.

A superalimentação traz além de outros problemas, dificuldades renais e cardíacas. É importante alimentar o nosso cão de acordo com as suas necessidades e consumo energético, levando em conta sua idade, raça e tamanho. Sugere-se complementar a alimentação dos cães idosos com vitaminas, para evitar que desenvolvam problemas derivados da falta de assimilação de nutrientes, perda de musculatura, entre outros.

Exercício

Os cães devem realizar exercícios diário de acordo com a sua condição física e às exigências de sua raça. Sugerem exercícios que procurem tonificar e aumentar sua musculatura para manter as articulações móveis e saudáveis. É melhor que o cão desenvolva uma rotina suave de exercícios diários do que submetê-lo a jornadas exaustivas com pausas prolongadas (Por exemplo só os fins de semana).

Visitas ao veterinário

Deve-se fazer controles contínuos da saúde do cão com o veterinário, para que este zele pela saúde de nosso animal de estimação. Desta maneira, é possível desenvolver um plano de controle e supervisão de diferentes problemas que podem vir a se desenvolver em nosso cão, na medida em que ele envelhece.

Tratamento

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A artrose é uma enfermidade que não tem cura, entretanto, a dor pode ser tratada, assim como deter o processo de deterioração das articulações. Basicamente, uma vez detectada a artrose, o veterinário avaliará sua situação e determinará um plano de controle da enfermidade para evitar que esta continue avançando, assim como também receitará medicamentos para controlar a dor e diminuir a inflamação nas articulações.

A primeira coisa que os veterinários tendem a atacar frente a esta enfermidade, é uma síndrome chamada sensibilização central. Essa síndrome faz com que a medula espinhal, ante o estímulo doloroso, produza a aparição de uma dor contínua, ocorrendo a percepção de que há mais dor.

Usualmente, para este tipo de enfermidade, se empregam antiinflamatórios não-esteroides, que melhoram grandemente a qualidade de vida dos cães que padecem deste mal, permitindo que eles retomem a mobilidade das articulações afetadas e que sejam reduzidos os estímulos dolorosos.

Em casos muito severos recorre-se à intervenção cirúrgica, com a finalidade de eliminar os osteófitos (proliferação óssea anormal) que obstruem as articulações.


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