As incríveis habilidades de comunicação do macaco verde

Mais inteligente do que imaginamos, essa espécie de macaco utiliza sinais acústicos para evitar seus predadores e proteger seu grupo familiar.
As incríveis habilidades de comunicação do macaco verde
Eugenio Fernández Suárez

Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

O macaco verde é uma espécie muito pouco conhecida, apesar de ter incríveis habilidades de comunicação, e de ser uma das espécies que mais contribuiu para a medicina moderna. Infelizmente, milhares deles foram utilizados na indústria médica para o desenvolvimento de vacinas.

Atualmente, por sorte, a cada dia essa prática é menos comum, e os animais são substituídos por cultivos celulares. Isso permite que esse primata já não seja capturado com esse objetivo e, ainda que nos Estados Unidos sejam utilizados como animais de estimação, é um dos poucos primatas que não se encontra em perigo de extinção.

Esse cercopiteco, chamado de “verde” devido a sua cor dourada com detalhes esverdeados, é uma espécie animal muito particular. Foi descoberto que utilizam um sistema de comunicação complexo, que lembra o do ser humano em muitos aspectos. Isso nos mostra que os animais podem ter comportamentos complexos muito parecidos com os do homem.

A comunicação do macaco verde

Esse é um dos exemplos mais conhecidos de comunicação entre os animais, sendo estudado nos anos 80, no parque de Amboseli, na África. O que os pesquisadores notaram foi que o macaco verde tinha sons de alerta específicos para cada predador.

green monkey

Especificamente, documentaram-se três sons de chamadas, que resultavam em três estratégias. Estamos falando de vocalizações de alertas para leopardos, serpentes e aves de rapina, que são facilmente diferenciadas até mesmo pelo ser humano.

Observou-se que, quanto mais experiente o animal, mais específica era a chamada, e mesmo tratando-se de vocalizações instintivas, o reconhecimento dos perigos estava ligado à aprendizagem.

Assim, os filhotes e macacos verdes jovens confundem facilmente aves grandes (como a cegonha) com um predador, e alertam o grupo como se fosse uma ave de rapina. Pouco a pouco, eles aprendem a reconhecer seus predadores, e finalmente, quando adultos, são capazes de diferenciar os abutres do resto das rapinas, pois estes são carniceiros que não são predadores do macaco verde.

Especificamente, documentaram-se três sons de chamadas, que resultavam em três estratégias. Estamos falando de vocalizações de alertas para leopardos, serpentes e aves de rapina, que são facilmente diferenciadas até mesmo pelo ser humano.

Chamadas diferentes, respostas diferentes

Esses alarmes desencadeiam respostas diferentes. A primeira é vigiar a área até que o vigia soe o alarme. Se o perigo consiste em grandes felinos, como o leopardo, os macacos correm para a copa de uma árvore e ficam entre os galhos mais afastados do tronco, onde o leopardo não pode chegar por conta de seu peso.

macaco verde comunicação

No entanto, se é uma serpente que se aproxima, os macacos verdes apoiam-se sobre duas patas, preparados para saltar diante de um ataque e retirarem-se da área enquanto tentam localizar o perigo.

No caso das águias, esses primatas observam o céu e tentam se esconder em meio às ervas daninhas.

Essa espécie também tem sons de alerta para outros perigos, que mesmo não tão estudados, são muito interessantes. Os macacos verdes têm sons de alerta para outras espécies de primatas perigosas para eles, como os babuínos ou até o ser humano.

Isso é importante, já que os macacos verdes são considerados uma praga em muitas regiões da África, tendo uma relação de conflito com os humanos. Infelizmente, muitos morrem atropelados, atacados por cães ou até envenenados.

Estamos falando de vocalizações de alertas para leopardos, serpentes e aves de rapina, que são facilmente diferenciadas até mesmo pelo ser humano. Observou-se que quanto mais experiente o animal, mais específica era a chamada, e mesmo tratando-se de vocalizações instintivas, o reconhecimentos dos perigos estava ligado à aprendizagem.


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