Bufo-real: características, comportamento e habitat

Pode atingir 1,7 metros de extensão e mais de quatro quilos. Com essas medidas, essa é a maior ave de rapina noturna do planeta
Bufo-real: características, comportamento e habitat
Eugenio Fernández Suárez

Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

A coruja bufo-real (Bubo bubo ) é uma das  aves de rapina  mais conhecidas. Graças à sua majestade e abundância, ela se tornou muito popular na prática da falcoaria Seu nome científico vem da Idade Média e representa o som que essa ave de rapina faz.

Características do bufo-real

Essa espécie de coruja tem uma plumagem marrom e malhada, com diferentes tons de marrom, preto e branco. A composição de cores dependerá das subespécies. Tem dois tufos de penas nas laterais da cabeça, além das típicas “orelhas” características desses animais carismáticos. As orelhas desse animal são mais eriçadas nos machos. Os olhos apresentam a característica mais notável ​​desse animal, porque possuem uma coloração laranja muito intensa.

O tamanho e o peso desse animal varia muito entre as diferentes regiões em que vivem. Entretanto, ele pode atingir 1,7 metros de extensão e mais de quatro quilos. Isso faz dele a maior ave de rapina noturna do planeta.

Como outras aves de rapina noturnas, seu voo é especialmente silencioso, graças às combinações de faixas de penas rígidas e flexíveis. Além disso, o toque da plumagem é aveludado, o que permite que ele seja um caçador muito preciso. 

O bufo-real tem garras especialmente poderosas, como o resto das corujas e águias. Entretanto, esses animais têm um bico muito mais curto  que seus congêneres diurnos. Isso não impede que o bico seja especialmente forte para rasgar sua presa.

Características do Bufo-real

O tamanho e peso do bufo-real varia muito entre as diferentes regiões em que esse animal vive. Entretanto, pode atingir 1,7 metros de extensão e mais de quatro quilos. Isso faz dele a maior ave de rapina noturna do planeta.

Comportamento

São animais solitários, que só se juntam durante o acasalamento. Nessa época, fazem ninhos em troncos ou falésias, onde depositam de dois a seis ovos no inverno. Quanto aos hábitos de caça, considera-se que ele está no topo da cadeia alimentar. Isso porque não possui predadores, exceto o ser humano.

O bufo-real não só caça roedores ou coelhos. Ele também é capaz de capturar filhotes de cervo ou cordeiros de até 10 quilos. Além disso, é capaz de capturar outros predadores, como raposas e outras aves de rapina. Entre suas presas está, inclusive, animais como o urubu.

Normalmente, suas técnicas de caça são noturas. Isso porque essas aves são protegidas por seus sentidos aguçados e seu voo silencioso. Assim, podem voar sobre espaços abertos e caírem sobre suas presas sem que sua sombra seja desenhada no chão.

Comportamento do bufo-real

São animais solitários, que só se juntam durante o acasalamento. Nessa época, fazem ninhos em troncos ou falésias, onde depositam de dois a seis ovos durante o inverno.

Habitat

Essa espécie pode ser encontrada em habitats muito diversos. Ela vive em lugares tão distintos quanto as regiões desérticas da África, da Ásia ou a tundra do Norte da Europa. Existem até 20 subespécies de tamanhos e plumagens diferentes, embora sejam todas muito semelhantes.

De fato, algumas foram recentemente separadas em outras espécies graças à análise de DNA. Entre elas, estão a coruja bengali ou a coruja do Saara, por exemplo.

Além disso, é um animal muito adaptável e pouco exigente. Na Espanha, tendem a viver em áreas montanhosas, com abundantes rochedos e riachos. Sua presença em florestas densas é menos frequente. Entretanto, sua distribuição depende das populações de coelhos.

Antigamente, esse animal era muito mais abundante. Entretanto, nos últimos 60 anos, sofreu um grande revés devido à caça indiscriminada e ao envenenamento, especialmente na Europa.

Apesar disso, continua a ter boa saúde em suas populações. Além disso, felizmente, sua população  está se recuperando nos últimos anos. Isso se deve principalmente ao fato de que as medidas de proteção para todas aves de rapina melhoraram. Especialmente, por conta da restrição do uso de chumbo, DDT e de outras toxinas que afetaram muito a esses animais.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.