Cão lambendo o rosto: saiba as razões

Cão lambendo o rosto: saiba as razões

Última atualização: 25 março, 2018

O cão e o ser humano têm vivido juntos desde o Paleolítico. Isso explica por que ambos desenvolveram algumas formas de comunicação. Nós sabemos muito bem como o cão se expressa através dos movimentos de sua cauda ou o que o bocejo pode significar. Entretanto, ainda temos muito a saber. Muitos ficam curiosos quando veem um cão lambendo o rosto. Por que isso acontece?

Um estudo recente de cientistas britânicos e brasileiros descobriu um novo sinal na comunicação dos cães. Eles se lambem em resposta a um estímulo que irá surpreender você.

Comida e incerteza

Para nós, é comum pensar que um cão lambendo o rosto está relacionado ao excesso de salivação. É normal ver o cão lambendo o focinho perto da hora da refeição ou quando sente um cheiro apetitoso. Da mesma forma, estudos anteriores sobre o comportamento e a comunicação de cães mostraram outra coisa interessante. Um cão lambendo o rosto também pode estar relacionado a uma resposta à incerteza.

Recentemente, um estudo inovador foi publicado na prestigiosa revista Behavioral ProcessesFicou demonstrado que as razões que explicam esse comportamento também estão relacionadas a outros estímulos visuais.

O estudo publicado em Behavioral Processes

O estudo consistiu na exposição do cão a diferentes estímulos auditivos e visuais, seguida da análise das respostas que deram a esses sinais

Após um estudo rigoroso, descobriu-se que o cão lambia o focinho como uma resposta ao sinal visual de raiva no rosto dos donos.  Nessa mesma linha, a principal autora da obra, Natalia Albuquerque, disse: “o ato de se lamber foi provocado apenas por pistas visuais”. Ou seja, devido à expressão facial do ser humano. Entretanto, os estímulos através de vozes irritadas não provocaram a mesma resposta.

Cão lambendo o rosto

Percepção e domesticação

Esta conclusão abre a porta para entender o comportamento dos cães. A percepção que eles têm das emoções humanas pode ser entendida de uma maneira completamente diferente. Além disso, os cientistas responsáveis ​​por essa descoberta relacionam essa maneira de perceber emoções como consequência da seleção que ocorreu durante a domesticação.

Fonte da imagem principal: m01229


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