A cinomose nos cachorros

A cinomose nos cachorros

Última atualização: 06 maio, 2015

A cinomose é uma doença causada por um vírus, sendo uma das mais comuns e também das mais mortais para os cães. Ataca uma variedade de caninos, como lobos ou raposas, também foram encontrados casos em alguns felinos grandes, também ocorre em animais, como doninhas ou guaxinins. A cinomose em cães é curável e pode ser tratada se for detectada em um estágio inicial.

Formas de contágio

O vírus da cinomose é anaeróbio, o que significa que se contrai pelo ar. O contágio ocorre quando um cão saudável entra em contato com as partículas do vírus presentes no ar, o que significa que um animal doente esteve na área ou está presente.

A vacinação não é uma garantia de que um cão não vai se infectar com o vírus, mas reduz significativamente as chances. Os casos de cinomose ocorrem, com mais frequência, em filhotes desmamados com menos de seis meses, mas pode ser adquirida em qualquer momento durante a vida do cão.

Normalmente, os filhotes que ainda estão mamando têm pouca chance de infecção se a mãe tiver sido vacinada, pois eles são imunizados através do leite materno.

Sintomas

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Um dos principais problemas para o tratamento oportuno de cinomose é que os sintomas iniciais não são motivo para alarme. A cinomose geralmente se manifesta cedo como uma secreção branca nos olhos, geralmente confundida com remelas.

Em seguida, o cão irá desenvolver sintomas como febre, perda de apetite, diarreia, vômitos e a característica secreção nasal, que pode ser branca ou rosa, dependendo de quão avançada a doença estiver.

Na fase mais avançada serão apresentados danos graves no sistema nervoso, o que pode gerar espasmos ou paralisia parcial ou total. Infelizmente, como os donos percebem que o cão está doente muito tarde, a maioria dos cães que contraem cinomose morrem ou ficam com graves transtornos, dependendo do quão afetado o sistema nervoso estiver.

Prevenção

Atualmente existe uma vacina contra o vírus que é aplicada em duas doses com duas semanas de intervalo para filhotes com mais de oito semanas. Esta passa a ser a única forma de prevenir a cinomose, mas não é 100% segura.

A vacina deve ser aplicada nos filhotes saudáveis e vermifugados. De preferência, a revacinação de cães é recomendada uma vez por ano.

Tratamento

Não há tratamento específico para a cinomose depois de manifestada em um cão. Basicamente, quando é detectado o vírus tratam-se os sintomas individuais produzidos e evita-se que o animal fique desidratado, além de seu sistema imunológico ser reforçado.

Em muitas ocasiões, especialmente quando o sistema nervoso está seriamente comprometido, o veterinário irá recomendar a aplicação da eutanásia para evitar mais sofrimento para o cão.

Cuidando de cachorro com cinomose

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Depois de obter um diagnóstico do veterinário, você deve ter em mente que, por mais devastadora que seja a cinomose, um cão pode chegar a superá-la com os cuidados adequados. Os cuidados de um cão com cinomose se resumirão em tentar melhorar as condições geradas pelo vírus e melhorar a qualidade de vida do animal.

Algo que você deve monitorar freqüentemente é o consumo de líquidos para evitar a desidratação. A redução do consumo de líquidos é um dos sintomas primários da doença.

Como a cinomose afeta o sistema nervoso, pode chegar ao ponto em que para o cão seja difícil fazer as coisas mais básicas, como beber líquido, portanto, você deve estar pronto para atender a essas necessidades, se necessário.

Apesar do que dizem e do que costumamos ler, não é bom dar de beber ao seu cão com uma seringa, pois devido à fraqueza ele pode broncoaspirar a bebida e piorar a situação, leve-o ao veterinário para ser hidratado por via intravenosa.

Você também deve buscar opções de alimentos que tenham mais nutrientes e sejam fáceis de digerir, pode até ser necessário que você triture os alimentos para ele.

É comum que sejam prescritas vitaminas para o cão para suprir as que ele perdeu pela falta de apetite e para fortalecer seu sistema imunológico, pergunte ao veterinário quais são as melhores opções para o seu cachorro.

Você também deve monitorar seus antibióticos, às vezes estes podem causar alergias ou não mostram nenhuma melhora nos sintomas do animal.

 


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.