Coccidiose: é cada vez maior o número de casos

Coccidiose: é cada vez maior o número de casos
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Quando nosso bicho de estimação apresenta episódios constantes de vômito e diarreia, é importante descartar a possibilidade de coccidiose. Essa é uma doença causada por uma infecção por coccídeos, parasitas que habitam no intestino delgado de cães e gatos.

O contato com material fecal é a principal causa de transmissão desse parasita. Os ovos de coccídeos estão presentes nas fezes do animal, que ficam contaminadas de diversas formas.

Os filhotes são mais propensos a sofrer com esse tipo de infecção, já que possuem um sistema imunológico mais fraco que o de um adulto. Estresse, mudanças de rotina e outras infecções também podem enfraquecer as defesas do organismo do animal.

Cabe destacar que uma alimentação adequada ajuda a reforçar o sistema imunológico dos bichos e ajuda a prevenir a formação de coccídeos nos animais.

Quais são os sintomas da coccidiose?

Os principais sintomas da coccidiose são vômitos e diarreia e, na maioria dos casos, a presença de sangue nas fezes. Quando a doença avança, o animal pode apresentar uma perda de peso considerável, assim como desidratação e falta de apetite.

cão doente

É fundamental identificar e tratar os sintomas rapidamente para evitar maiores complicações. Caso não haja atendimento no tempo necessário, a doença pode levá-lo à morte.

Entretanto, no caso de cães e gatos adultos, os sintomas não são tão evidentes. Esses animais podem conviver com o parasita interno, sem apresentar sintomas.

Como diagnosticar a coccidiose

  • Os ovos dos coccídeos demoram entre um dia e uma semana para amadurecer, até serem depositados nas fezes. Por isso, passado esse tempo, aumentam os riscos de infecção.
  • Os donos dos cães devem observar os sintomas, pois essa é a melhor maneira de detectar a infecção, num primeiro momento. Diante de qualquer suspeita, o próximo passo é levar o cachorro ao veterinário. O profissional irá receitar um exame de fezes, que poderá detectar ou não os parasitas coccídeos, invisíveis a olho nu.
  • No caso de animais em abrigos ou em canis, é recomendado fazer uma análise regular das fezes. Mesmo que os cães não apresentem sintomas de coccidiose, podem estar contaminados.
  • Um diagnóstico rápido da doença evita epidemias ou a contaminação dos animais que convivem com o infectado. Assim como em todas as outras doenças, prevenir é o melhor remédio.

Como prevenir uma infecção por coccidiose

A principal forma de contágio por coccidiose é o contato com fezes contaminadas. Basta que uma pequena quantidade entre em contato com a boca do animal para que ele seja infectado.

De forma geral, o contato ocorre porque o lugar onde os bichos brincam ou descansam não está completamente limpo. Se uma bola teve contato com material fecal, ao pegá-la com a boca, o cão será contaminado.

Por isso, é importante lembrar que a primeira medida de prevenção deve ser uma boa higiene. Mantenha o lugar onde os cães brincam e descansam sempre limpos, para evitar a infecção.

Eventualmente, limpe com desinfetante os locais onde ele costuma defecar, além de recolher as fezes imediatamente. Assim, é possível evitar a contaminação do lugar e a reprodução dos coccídeos.

Alguns especialistas recomendam o uso de antiparasitas como métodos preventivos, principalmente quando os coccídeos estão presentes em uma ninhada de filhotes. Porém, não use nenhum medicamento sem aprovação médica prévia.

O que fazer em caso de suspeita de coccidiose

  • O primeiro passo é consultar um veterinário. O procedimento em caso de infecção por coccidiose é simples e eficaz. Consiste na ingestão de um remédio que interrompe o ciclo de reprodução do parasita.
  • Além disso, o mascote pode iniciar uma terapia de reidratação para a recuperação de eletrólitos e energia. Caso o animal apresente uma desidratação grave, será necessária a hospitalização.
  • Quando a coccidiose afeta vários animais de um mesmo grupo, é necessário isolar os infectados. Assim é possível reduzir os riscos de contágio.
  • Nos casos em que haja uma fêmea grávida, é recomendado analisar suas fezes. Isso permite prevenir o contágio dos futuros filhotes.
  • De qualquer forma, o lugar onde os recém-nascidos vão permanecer deve estar sempre limpo. Qualquer infecção prematura pode trazer graves consequências para os animaizinhos.
  • Os especialistas recordam a importância de realizar exames periódicos nos pets. É necessário ficar muito atento à desparasitação, principalmente em lares onde vivem mais de dois cães ou gatos.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.