Conheça tudo sobre a tartaruga russa

É bastante popular como animal de estimação por ser fácil de cuidar e manter. Porém, é necessário ter em conta que, como um animal de sangue frio, precisa de uma temperatura ambiente bastante específica, além de espaço para se movimentar.
Conheça tudo sobre a tartaruga russa

Última atualização: 20 setembro, 2018

A tartaruga russa é o quelônio mais famoso e, embora seu habitat natural seja a Eurásia, atualmente pode ser encontrada em todo o mundo. Neste artigo, contaremos tudo o que você precisa saber sobre a tartaruga russa, eleita como pet em milhares de lares.

Características e habitat da tartaruga russa

Ela é conhecida por diferentes nomes: tartaruga russa, da estepe ou afegã. Trata-se de um quelônio muito comum na Ásia. Pode ser encontrado na Rússia, China, Paquistão e Afeganistão, embora também seja visto no Cazaquistão, Uzbequistão e Turcomenistão.

Prefere as estepes secas, próximas de cursos d’água, climas extremos com inversos frios e verões quentes. Também habita as margens de pradarias e desertos.

Em relação às características da tartaruga russa, podemos destacar que as fêmeas são maiores que os machos (22 e 19 centímetros, respectivamente). Além disso, o casco em ambos os sexos é ligeiramente achatado, de cor marrom escuro ou claro, assim como os membros do animal.

As patas são robustas, com quatro unhas bem desenvolvidas. Essa característica as diferencia das outras espécies da ordem dos testudines, que possuem cinco unhas.

Comportamento e alimentação da tartaruga russa

É um animal que fica ativo poucos meses do ano, já que no inverno ele hiberna em tocas de até três metros de profundidade que ele mesmo cava. Quando começa a primavera, aproveita para se reproduzir e se alimentar. Durante o dia, aquecem o corpo e aceleram o metabolismo, graças à luz solar.

tartaruga russa comendo alface

Essa tartaruga é herbívora e se alimenta de grama seca, flores, ervas, legumes e verduras. Durante períodos de seca, complementa a dieta ingerindo excrementos e artrópodes.

Reprodução e longevidade da tartaruga russa

Uma vez que desperta da hibernação, nos primeiros dias da primavera, o macho começa o cortejo sexual. Ele segue, golpeia e morde a fêmea. Durante a cópula, que dura entre 10 e 12 horas, os exemplares masculinos emitem sons, mesmo sendo mudos em outras situações da vida.

As fêmeas têm a capacidade de conservar o sêmen por várias semanas, meses e até anos. Sessenta dias após a copulação, elas cavam buracos no chão com as patas traseiras e botam os ovos entre maio e junho.

O período de incubação e o sexo dos filhotes dependerá da temperatura ambiente. Quando for menor que 31ºC, nascerão em sua maioria machos. Caso contrário, serão mais comuns os nascimentos de fêmeas. É bom saber que a tartaruga russa chega à maturidade sexual aos 10 anos. Assim, chega a viver até 40 anos em estado selvagem.

Tartaruga russa como animal de estimação

É muito comum transformar uma tartaruga russa em animal de estimação. Afinal, é muito fácil de manter e cuidar. Porém, é preciso que ela tenha espaço suficiente para se mover e, principalmente, para tomar sol ao ar livre. Trata-se de um animal muito curioso e dinâmico. Com passos lentos, mas decididos, explorará todo o terreno ao redor

tartaruga russa

Alguns donos compram terrários que incluem tubos UVA e UVB especiais para répteis. Isso permite recriar o habitat natural do animal. Em nenhum caso a temperatura do espaço deve superar os 35ºC.

Para alimentar uma tartaruga russa, devemos contar com todo tipo de vegetais: grama, cenoura, acelga, brócolis, espinafre e dente de leão, além de frutas, como morangos, maçãs ou peras. O suprimento diário de água doce é fundamental.

É muito importante que o animal possa hibernar uma vez ao ano. Basta colocá-lo em um terrário especial, com temperatura baixa (entre 4ºC e 8ºC) e com piso de substrato que sirva de cama.

Por último, não devemos esquecer que a tartaruga é um animal que, embora domesticado, ainda conserva hábitos selvagens. Dessa forma, não é recomendável pegá-la nos braços ou elevá-la do solo para “brincar”, já que se estressam e a saúde do animal pode se deteriorar. O melhor a fazer é deixá-la caminhar no ritmo próprio, como se estivesse no habitat natural.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.