Diferenças na alimentação de cães e gatos

A principal diferença na alimentação de cães e gatos é que os primeiros se adaptaram e são onívoros, enquanto os últimos permanecem praticamente carnívoros.
Diferenças na alimentação de cães e gatos
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Cães e gatos não são diferentes apenas na aparência e no comportamento, mas também apresentam necessidades nutricionais diferentes. Ou seja, seus organismos não estão preparados para digerir e assimilar o mesmo tipo de dieta.  A seguir, convidamos você a conhecer as principais diferenças na alimentação de cães e gatos para oferecer uma nutrição ideal aos seus animais de estimação.

5 diferenças na alimentação de cães e gatos

1. Os cães se adaptaram a uma dieta onívora, os gatos são carnívoros estritos

A primeira diferença e a mais fundamental na alimentação de gatos e cães é que o corpo dos cães pode se adaptar a uma dieta onívora, enquanto os gatos são fundamentalmente carnívoros.

Em outras palavras, os cães podem comer e desfrutar de uma variedade maior de alimentos do que os gatos. A dieta dos felinos deve se basear no consumo de proteínas e gorduras de origem animal.

Por outro lado, os cães podem ingerir outros ingredientes de maneira moderada, como carboidratos, gorduras boas de origem vegetal, frutas e leguminosas.

Também existem frutas e vegetais que são bons para gatos e podem ajudar a fortalecer o seu sistema imunológico. No entanto, isso não altera o fato de que a carne deve ser a base da dieta de um felino.

Diferenças na alimentação de cães e gatos

2. Os gatos tendem a ser muito mais seletivos do que os cães em relação à comida

Uma das reclamações mais frequentes dos donos de gatos é o ‘paladar exigente’ dos animais. Não há como negar que os gatos tendem a ser muito mais seletivos em relação à comida do que os cães.

Os felinos se apegam fortemente à rotina como forma de autoproteção, evitando a exposição a contextos perigosos ou desfavoráveis. Portanto, eles são mais ‘fechados’ em relação às novidades no seu dia a dia e na sua alimentação.

No entanto, é possível tornar o paladar do felino mais flexível apresentando diferentes texturas, sabores e aromas durante a infância. Nos primeiros seis ou sete meses de vida, os felinos formam os pilares do seu comportamento em relação às pessoas, outros gatos e também em relação à alimentação.

3. Os cães praticamente engolem a comida, os gatos fracionam

Quem já compartilhou a casa com cães sabe que eles praticamente engolem a comida, com um mínimo de mastigação. Embora seja uma característica comum a todos os cães, algumas raças são especialmente gulosas, como o labrador, o golden retriever, o terra nova ou o beagle, entre outras.

Por outro lado, os gatos com uma nutrição equilibrada e uma rotina saudável raramente se comportam do mesmo jeito. Eles costumam fracionar seus alimentos e podem comer várias vezes ao dia em pequenas porções, consumindo apenas o suficiente para satisfazer a sua fome em cada ocasião.

Cão e gato observando hambúrgueres

Por esse motivo, a compulsão alimentar e os problemas digestivos associados ao consumo excessivo de alimentos são muito mais comuns em cães do que em gatos. O mesmo acontece com os episódios de intoxicação e acidentes domésticos devido ao consumo de substâncias químicas, medicamentos, lixo, etc.

4. O jejum prolongado tende a ser mais perigoso para os gatos do que para os cães

O jejum prolongado, ou seja, ficar muitas horas ou dias sem comer com frequência, é muito perigoso para cães e gatos. No entanto, os felinos têm uma grande predisposição para desenvolver lipidose hepática nesses contextos.

O organismo dos gatos precisa da ação das proteínas ingeridas através dos alimentos, entre outras coisas, para metabolizar as gorduras no fígado. Portanto, se o animal passar muitos dias sem comer, o risco de uma concentração lipídica anormal nesse órgão aumenta.

A metabolização das gorduras no fígado ocorre de maneira diferente no corpo dos cães e não depende exclusivamente do consumo de proteínas externas. Portanto, casos de lipidose hepática em cães são mais raros do que em felinos.

5. A hidratação é uma das diferenças na alimentação de cães e gatos

O consumo voluntário de líquidos também marca uma das diferenças mais importantes na alimentação de cães e gatos. Os cães costumam se hidratar muito mais do que os felinos, basicamente porque consomem um grande volume de água diariamente.

Os problemas de saúde são muito comuns em gatos, principalmente nos rins, derivados da desidratação ou da hidratação deficiente. Portanto, o ideal é que a dieta dos gatos contenha um bom suprimento de alimentos úmidos, de preferência caseiros.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.