Displasia de quadril em cães: o que é e como tratar

Displasia de quadril em cães: o que é e como tratar

Última atualização: 09 março, 2022

A partir de uma certa idade, os animais de estimação começam a sofrer com algumas doenças e distúrbios. A displasia de quadril em cães é comum em algumas raças, além de ser hereditária, óssea e não congênita (não se manifesta no nascimento). Aprenda neste artigo o que é e como tratar.

O que é displasia de quadril em cães

É uma doença que afeta os ossos e, embora possa aparecer após alguns meses de vida, é mais frequente após o 8º aniversário do animal. A displasia do quadril em cães é degenerativa (piora ao longo do tempo) e é causada por uma malformação na articulação do quadril.

Esta enfermidade pode levar o animal a mancar,  sentir dor e dificuldade para andar, sentar ou subir escadas. Geralmente é bilateral, o que significa que afeta ambas as patas traseiras, igualmente. Este problema é mais comum em raças grandes, como Pastor Alemão, Doberman, Labrador Retriever, Boxer, Dálmata e Setter Irlandês.

pastor alemão deitado

Afeta também animais que aumentam rápido o peso e o volume corporal. Portanto, diz-se que a displasia do quadril em cães pode ser causada por fatores externos, como dieta, falta de exercício e sobrepeso.

No entanto, a principal causa da doença é o fator genético. Um cachorro que não tenha os genes da displasia nunca a desenvolverá, mesmo que seja obeso ou idoso. Existem diferentes graus de gravidade, dependendo do ângulo de amplitude entre as cabeças do fêmur:

• Suave: entre 100 e 105 °
• Moderado: entre 90 e 100 °
• Cascalho: Menos de 90 °

Como tratar a displasia de quadril em cães

Embora seja diagnosticada por um veterinário, após radiografias do animal, o dono pode identificar a displasia por alguns hábitos de seu pet: dificuldade em repousar após passar horas deitad0, fadiga excessiva sem motivo aparente, recusar-se a subir escadas ou executar certas atividades (saltar, por exemplo), ou andar muito devagar e com o quadril “mais baixo” do que o habitual.

Depois que o profissional reconhecer a doença, pode indicar diferentes tratamentos para fortalecer ou relaxar os músculos, bem como aliviar a dor e evitar que a displasia avance (ou atrasar esse avanço):

1. Massagens

Quando o cão evita apoiar uma das pernas devido à dor, pode ocorrer a atrofia muscular. Para diminuir esse problema, você pode realizar massagens para favorecer a recuperação muscular, bem como para corrigir a má postura da coluna vertebral. O movimento deve ser feito ao longo da coluna com alguma pressão, mas sem a queixa do animal. Massageie os músculos das costas com certa fricção. Não toque na coluna, somente nas laterais.

2. Alongamentos passivos

Em muitos casos, a displasia de quadril em cães é operada. Após a intervenção, o dono tem que realizar uma série de exercícios passivos para que, pouco a pouco, o animal possa recuperar o movimento. Isso serve para corrigir disfunções articulares. O cachorro tem que permanecer deitado e imóvel. Após uma leve massagem, são realizados alongamentos, rotações e flexões da pata afetada.

cão em reabilitação com sua dona e tapete de ioga

3. Exercícios ativos

Na segunda parte do tratamento pós-operatório, o cão já pode se mover por si próprio, mesmo que lentamente e com ajuda. É por isso que eles aproveitam os exercícios de estabilização que, como o nome sugere, ajudam o animal a caminhar sozinho. Eles consistem em passeios curtos e caminhadas lentas. O dono deve apoiá-lo por trás (na coluna) para evitar que ele vá de lado.

4. Hidroterapia e fisioterapia

Ambos podem ser muito úteis na displasia de quadril em cães. No caso da hidroterapia, é perfeita para os pets que amam água, como o Labrador, pois, sem que perceba, estará fortalecendo seus músculos e aumentando o movimento das articulações, sem sobrecarregá-las. A fisioterapia tem efeitos semelhantes, mas sempre deve ser feita por um profissional.

Fonte da imagem principal: Matt Chan


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.