Como reconhecer doenças cardíacas em cães

O diagnóstico e o tratamento precoce podem fazer a diferença diante de doenças cardíacas em cães.
Como reconhecer doenças cardíacas em cães

Última atualização: 09 março, 2022

Pode ser difícil diagnosticar doenças cardíacas em cães. De fato, dependendo dos aspectos específicos da condição, o veterinário pode não ser capaz de fazer muita coisa, mas isso nem sempre acontece.

Embora não exista uma maneira cientificamente comprovada de prevenir as doenças cardíacas em cães, os especialistas concordam que a melhor coisa a fazer é identificar os primeiros sintomas.

Isso permite que o veterinário tenha tempo para diagnosticar e criar um plano de tratamento para o cachorro, ajudando assim a manter uma boa qualidade de vida.

As doenças cardíacas em cães podem levar à insuficiência cardíaca congestiva. Isso ocorre quando o coração do cachorro tem dificuldade para bombear o sangue para o restante do corpo.

As doenças cardíacas podem afetar um lado do coração ou, às vezes, ambos os lados. Podem progredir lentamente e demorar anos para ser detectadas.

Sintomas de doenças cardíacas em cães

Os sintomas de doenças cardíacas congênitas geralmente aparecem em cães mais jovens, nascidos com essa condição. Por outro lado, é mais provável que as doenças cardíacas adquiridas apareçam conforme o cachorro vai envelhecendo.

De qualquer forma, a desaceleração é um dos primeiros sintomas notáveis ​​de doenças cardíacas em cães. Ou seja, se um cachorro é ativo, haverá uma diminuição da atividade e até mesmo paradas incomuns durante uma caminhada, por exemplo.

É normal que isso seja atribuído à idade, artrite ou mal-estar, mas não devemos nos esquecer de que a letargia é um sintoma muito comum de doença cardíaca.

Dálmata correndo na grama

Conforme a doença cardíaca do cachorro entra na fase de insuficiência cardíaca, a maioria dos cães começa a tossir. Em alguns deles, poderá ser visto até mesmo um aumento na frequência ou no esforço respiratório em repouso.

Se a raça do cachorro tiver uma predisposição a certas doenças cardíacas, é aconselhável observar a frequência respiratória em repouso do cachorro quando ele estiver em casa.

Assim, enquanto o cachorro estiver deitado no chão, é aconselhável contar o número de vezes que o seu peito infla em um minuto. O normal é ter menos de 35 respirações por minuto em repouso, na maioria dos casos.

Raças mais propensas a desenvolver doenças cardíacas

A maioria dos casos de problemas cardíacos tratados por cardiologistas veterinários são genéticos. Isso facilita um pouco a observação da progressão das doenças cardíacas desde o início da vida do cachorro, bem como o seu tratamento.

Cães de raças grandes, incluindo o dogue alemão, o dobermann e o boxer, são mais propensos a ser afetados pela cardiomiopatia dilatada. Este tipo de doença cardíaca em cães envolve uma dilatação do músculo, que diminui a sua capacidade de bombear o sangue.

Cachorro com problemas cardíacos

O Cavalier King Charles Spaniel é uma raça particularmente suscetível ao sopro cardíaco. De acordo com especialistas, 50% dos cães desta raça desenvolverão o sopro aos cinco anos, e 100% terão o sopro aos 10 anos. Poodles, lulus da Pomerânia e schnauzers também são predispostos à doença valvular.

No que diz respeito às raças com menor probabilidade de desenvolver qualquer tipo de doença cardíaca, existem os terriers, o terrier escocês, o west highland white terrier e o cairn terrier, entre outros. Essas raças geralmente não são tão afetadas por doenças cardíacas quanto outras raças de cães pequenos.

Como ajudar um cachorro com doença cardíaca

A detecção precoce, antes que o cachorro sofra de insuficiência cardíaca, é a melhor maneira de controlar as doenças cardíacas em cães.

Um estudo histórico conhecido como ‘Ensaio EPIC’ descobriu que uma medicação prescrita para o coração de cães chamada Vetmedin (pimobendan) ajudou a prolongar o período pré-insuficiência por 15 meses, em média.

Como resultado, também prolongou significativamente a vida dos cães que tomaram o medicamento em comparação com aqueles que tomaram um placebo.

Os pesquisadores explicam que muitos dos cães nos quais o problema cardíaco é detectado precocemente podem viver de três a cinco anos antes do início da insuficiência cardíaca.

Depois disso, o diagnóstico é altamente variável; pode depender da raça ou de o cachorro desenvolver arritmias. Alguns vivem apenas alguns meses, enquanto outros podem viver por um ano e meio ou dois após o diagnóstico de insuficiência cardíaca.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.