Doenças que os répteis podem transmitir aos seres humanos

Os répteis se tornaram populares como animais de estimação: eles são atraentes porque são coloridos, calmos e geralmente fáceis de cuidar. Sua aparência incomum chama a atenção, mas eles podem transmitir doenças às pessoas.
Doenças que os répteis podem transmitir aos seres humanos

Última atualização: 26 julho, 2020

A variedade de répteis que pode ser obtida atualmente é muito ampla, incluindo camaleões, iguanas, lagartixas, dragões barbudos, tartarugas marinhas e de água doce. É possível até mesmo encontrar alguns maiores, tais como cobras, crocodilos e jacarés.

No entanto, os répteis requerem um manejo cuidadoso, pois carregam uma variedade de germes que podem causar doenças em seres humanos, especialmente em crianças pequenas, mulheres grávidas, idosos e pessoas com doenças graves, como o câncer, por exemplo. 

Doenças que os répteis podem transmitir

Todos os répteis carregam uma variedade de germes, incluindo bactérias, vírus, parasitas e vermes. Muitos deles podem ser transmitidos ​​à família dos tutores dos répteis. As doenças mais significativas são:

Salmonelose

Salmonella geralmente é encontrada em todos os tipos de répteis e pode ser transmitida para os seres humanos quando algo contaminado com as fezes desses animais é colocado na boca. Por exemplo, os bebês podem se infectar com a Salmonella ao tomar mamadeiras com fórmula contaminada.

Doenças que os répteis podem transmitir aos seres humanos

A infecção por Salmonella causa diarreia, dor de cabeça, febre e cólicas estomacais. Além disso, também pode causar septicemia (envenenamento do sangue). A desidratação nesse caso pode ser grave. Anualmente, há uma média de 450 casos de salmonelose: 15% desses casos estão relacionados ao contato recente com répteis.

Botulismo

O botulismo é uma doença grave e potencialmente letal causada por uma toxina liberada pela bactéria Clostridium, que causa paralisia e morte. A Clostridium é amplamente encontrada no ambiente, incluindo o chão e a lama.

Os animais que vivem perto do chão costumam estar contaminados com essa bactéria. A Clostridium geralmente contamina os répteis, especialmente os aquáticos. Adultos e crianças mais velhas têm uma variedade de bactérias que superam os esporos invasores, mas os bebês com menos de um ano de idade ainda não desenvolveram essa proteção.

Recentemente, a exposição a tartarugas ou aos seus alimentos foi reconhecida como a causa provável de dois casos de botulismo infantil na Irlanda. Como consequência, foi relatado que os répteis – principalmente as tartarugas – não são animais de estimação adequados para crianças pequenas. Portanto, não devem ser mantidos em casas com crianças menores de cinco anos.

Doenças que os répteis podem transmitir aos seres humanos

Além disso, se você possui tartarugas e for visitar uma casa com crianças menores de cinco anos, é aconselhável lavar as mãos imediatamente após o contato com as tartarugas ou com a água do animal antes de entrar em contato com crianças pequenas.

Outras doenças que os répteis podem transmitir

Doenças como a campilobacteriose (uma infecção intestinal), a leptospirose (uma doença do fígado) e a triquinose (uma doença que envolve os músculos, o sistema nervoso, o coração e os pulmões) têm sido associadas à criação de répteis.

Embora a maioria dessas condições seja tratável, alguns casos podem ser preocupantes. Nesse sentido, o risco para a maioria das pessoas que mantêm répteis em casa não representa um perigo significativo à saúde, desde que seja mantida uma higiene adequada.

Considerações adicionais

A maioria das pessoas tem baixa probabilidade de adoecer com a infecção por Salmonella causada pelo contato com répteis. Entretanto, para reduzir ainda mais o risco de salmonelose, podemos seguir as dicas abaixo:

  • Os répteis não devem ser mantidos como animais de estimação em uma casa com crianças menores de cinco anos.
  • Todos os répteis devem ser considerados contaminados com uma – ou muitas – das bactérias mencionadas acima.
  • Mulheres grávidas, idosos e pessoas debilitadas ou imunossuprimidas (por exemplo, pessoas com câncer, HIV/AIDS ou com uma contagem de CD4 inferior a 200) devem evitar qualquer contato com répteis.
  • Depois de manusear seu réptil, sempre lave as mãos com água quente e sabão.
  • Sempre lave as mãos depois de tocar nos tanques e equipamentos utilizados pelos répteis, bem como em seus alimentos ou fezes.
  • Os répteis devem ser mantidos fora da cozinha, das áreas de refeições e de qualquer outra área onde alimentos são manipulados.
  • Se possível, mantenha seu réptil confinado no tanque ou na gaiola.
  • Lave com água quente qualquer superfície com a qual seu réptil tenha entrado em contato.
  • Dê banho no réptil apenas em seu próprio balde: nunca use a pia ou o banheiro. Sempre use luvas descartáveis ​​ao limpar tanques, gaiolas ou equipamentos. As águas residuais e as fezes devem ser descartadas no banheiro ou no ralo externo.
  • Não coma, beba ou fume enquanto estiver manuseando répteis, o tanque ou os equipamentos. Não beije os répteis nem compartilhe comida ou bebida com eles.
  • Lave com água morna ou quente qualquer roupa que tenha entrado em contato com seu réptil.
  • Os répteis não devem ser mantidos em instituições de ensino infantil ou creches.

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