Filhote de beluga resgatado no Alasca

Filhote de beluga resgatado no Alasca

Última atualização: 03 janeiro, 2018

No final de setembro, um filhote de beluga apareceu em uma praia do Alasca e um centro de recuperação teve que cuidar dele. O jovem animal não poderia sobreviver sozinho, nem tampouco poderia retornar à água por conta própria. Esta é a história desse filhote resgatado.

As belugas, também chamadas de baleias-brancas, são cetáceos que vivem na zona ártica e seus arredores. Uma beluga guarda semelhanças tanto com uma baleia quanto com um golfinho, embora seus parentes mais próximos sejam os narvais. As belugas, quando chegam à idade adulta, medem entre três e cinco metros de comprimento e podem pesar 1,2 mil quilos. Elas são sociais, por isso vivem e viajam em grupos.

Tyonek, um filhote de beluga resgatado

No final de setembro de 2017, apareceu em uma praia do Alasca um filhote de beluga de apenas um ano de idade. Ao vê-lo, a primeira intenção da equipe de resgate foi devolvê-lo ao mar, mas eles logo perceberam que o filhote estava muito magro e não tinha forças para nadar.

Sendo assim, decidiram buscá-lo e levá-lo ao Sealife Center do Alasca. Nas horas após sua chegada, especialistas em belugas vieram de várias cidades dos Estados Unidos para ajudar a cuidar e recuperar o filhote de beluga resgatado.

Quando ele chegou ao centro, descobriram que esse filhote de beluga resgatado era um macho e tinha aproximadamente quatro semanas de idade. Ele estava magro e desidratado, tanto que não podia manter seu próprio calor corporal.

O filhote de beluga resgatado estava fraco, mas saudável

Os especialistas começaram a avaliar a saúde do animal de forma abrangente, logo que chegaram ao centro. Fizeram exames de sangue, culturas de bactérias, monitoraram a respiração… Depois de o hidratarem, começaram a notar melhorias na sua saúde. Em apenas alguns dias, ele começou a nadar sozinho e a brincar com seus cuidadores.

Nos primeiros dias, ele estava tão fraco que teve de ser alimentado através de um tubo a cada três horas e, depois de algumas semanas, já tinha a força necessária para sugar de uma mamadeira. Apesar disso, por causa da garrafa, assim como tantos outros bebês, ele começou a sofrer de cólicas por causa dos gases, e teve de receber ajuda para liberá-los.

Atualmente, o pequeno filhote de beluga resgatado ainda está sob cuidados. Felizmente, ele não tinha problemas de saúde maiores do que a desidratação e o baixo peso.

O que é o Alaska Sealife Center

O Alaska Sealife Center é o único aquário aberto ao público em todo o Alasca. Ele também funciona como um centro de recuperação da vida marinha, pois cuida de animais órfãos ou feridos. Alguns animais resgatados podem ser devolvidos à vida em liberdade, mas há outros que não sobreviveriam e, portanto, devem permanecer sob os cuidados de um centro de recuperação.

O filhote de beluga resgatado, no momento, não está em uma piscina aberta ao público. Ele é monitorado 24 horas por especialistas em belugas em uma piscina coberta, muito mais silenciosa e controlada do que as piscinas do aquário.

Filhote de beluga resgatado tomando leite na mamadeira

Embora os especialistas ainda não tenham tomado a decisão, em tais casosgeralmente não há planos de devolver a beluga resgatada à vida selvagem. Não é possível saber por que ele se separou de seu grupo e há muitas dúvidas se poderia se juntar ao bando novamente. Além disso, tendo passando tanto tempo, tão jovem, cercado por seres humanos e não por belugas, ele não saberia como caçar ou sobreviver por conta própria em liberdade.

O que fazer se encontrarmos um cetáceo encalhado

Todos os anos, há notícias sobre cetáceos encalhados, em diversos lugares do mundo. Cetáceos que ficam desorientados ou doentes, e terminam encalhados em uma praia, vão desde grandes baleias até golfinhos. Inclusive filhotes de todas as espécies, como esse pequeno filhote de beluga resgatado.

Quando um animal está doente, a velocidade com que os humanos agem é muito importante para a recuperação. Saber o que fazer em relação ao animal e respeitar seu espaço é essencial para sua sobrevivência. No verão de 2017, um grupo de turistas encontrou um filhote de golfinho encalhado e, em vez de ajudarem, tiraram selfies com ele até que o filhote morresse.

Essa notícia infeliz chocou o mundo inteiro. Portanto, é importante saber o que fazer no caso de encontrar um animal em perigo. Primeiro, devemos verificar se o animal está morto ou não. Devemos checar se ele está respirando e se é capaz de mover os olhos.

Se estiver vivo, devemos chamar serviços de emergência para que mobilizem uma equipe de resgate especializada e precisamos seguir as instruções recebidas prontamente. Se o animal estiver em uma área acessível, devemos protegê-lo do estresse causado pelas pessoas. Ou seja, se houver pessoas curiosas na área, devemos retirá-las de perto. Normalmente, as equipes de emergência nos pedirão para mantermos o animal à sombra e hidratado. Isso é feito com toalhas molhadas e despejando água do mar sobre ele constantemente.

Embora pareça que podemos devolver o animal ao mar sozinhos, sem um veterinário para dizer se ele está saudável e poderá sobreviver, não devemos fazê-loSe o animal ficou encalhado na praia, é porque está doente ou não tem a força necessária para nadar. Devolvê-lo ao mar pode ser uma condenação de morte para o animal, nesses casos.

Se o animal encalhado já estiver morto, devemos notificar o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) ou qualquer unidade de polícia ambiental para que eles possam remover o corpo do animalEm caso algum, devemos tocar a carcaça de um animal morto, porque podemos nos expor a contaminação.

Nossa colaboração é muito importante

Tyonek, o filhote de beluga resgatado, está se recuperando muito bem graças à intervenção rápida e precisa da pessoa que o encontrou encalhado na praia. A responsabilidade e o conhecimento sobre o que fazer nesse caso é fundamental para a sobrevivência de um animal em perigo.

Fonte das imagens: www.telecinco.es


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.