Foca comum: habitat e características

Ao contrário de sua falta de jeito em terra firme, o corpo da foca comum é projetado para que ela tenha uma grande facilidade de nadar.
Foca comum: habitat e características

Última atualização: 27 março, 2019

A foca comum é conhecida também como foca do porto. Vive nas costas temperadas e frias, e é a espécie de pinípede mais comum em todo o mundo. Neste texto, vamos lhe contar tudo sobre ela.

Características físicas da foca comum

Seu nome científico é Phoca vitulina, e seu corpo pode ser cinza, canela ou marrom. Cada animal tem um padrão único de manchas mais escuras no corpo, que podem ser pretas ou marrons. O ventre é sempre claro.

Uma de suas principais características é a forma de seus orifícios nasais, como se fosse um “V”. Além disso, não possuem orelhas nem pavilhões auriculares.

Os adultos podem pesar até 130 quilos e medir quase dois metros de altura. As fêmeas são menores que os machos, mas podem viver mais (35 e 25 anos, respectivamente). Isso porque os machos passam por grandes doses de estresse todos os anos, antes da reprodução.

Ao contrário de sua falta de jeito em terra firme, suas barbatanas dianteiras pequenas e flexíveis lhes permitem nadar muito rápido.

phoca vitulina, ou foca comum

O pelo da foca comum é curto, mas cumpre função de proteger a pele dos raios solares e manter o corpo úmido, graças à secreção das glândulas sebáceas.

Isso é perfeito para poder nadar com mais facilidade, ao “deslizar” na água. Somando isso à anatomia do corpo, é fácil entender por que a foca comum é uma excelente nadadora.

Habitat e alimentação da foca do porto

A população da foca comum está estimada em 500 mil indivíduos. Isso não faz dessa uma espécie em perigo de extinção nem ameaçada.

A exceção são as populações do mar Báltico, Hokkaido e Groelândia, cujos exemplares morrem em consequência da pesca e caça comercial ilegais.

Atualmente, existem cinco subespécies de foca do porto:

  • Foca comum do Atlântico Ocidental (vive na América do Norte)
  • Foca comum do Atlântico Oriental (vive na Europa e na Ásia e é a mais famosa)
  • Foca comum do Pacífico (na América do Norte ocidental)
  • Foca insular (na Ásia oriental)
  • Foca Ungava (do Canadá Oriental)

No que se refere à sua alimentação, a foca comum é conhecida por sua capacidade de pescar presas enquanto nada em alta velocidade. As espécies incluídas em sua dieta são anchova, bacalhau, camarão, arenque e robalo.

As focas podem mergulhar até 10 minutos sem sair à superfície para respirar, e alcançam até 500 metros de profundidade nesse período. Normalmente, no entanto, mergulham até 20 metros para pescar.

foca comum no mar

Comportamento da foca do porto

As focas do porto são muito apegadas a suas famílias, e por isso sempre são vistas em grupo. Isso, é claro, também as protege dos predadores.

Trata-se de uma espécie polígama, cujas fêmeas alcançam a maturidade sexual aos dois anos, e os machos aos cinco.

Para cruzar, os machos lutam entre si na água e os “ganhadores” têm o direito às fêmeas. Essas, por sua vez, escolhem somente os mais fortes.

As mães – que dão à luz uma vez por ano, após uma gestação de 11 meses – são as únicas responsáveis por cuidar das crias. Os filhotes nascem com 16 quilos e, com poucas horas de vida, já podem nadar e mergulhar.

Em apenas quatro semanas, seu tamanho triplica, graças à ingestão do leite materno, rico em gordura.

Durante a época da muda – a mudança de pele depois da reprodução – a foca comum passa muito tempo na costa, descansando.

Elas podem se afastar até 50 quilômetros de sua “casa”, passando vários dias no mar. No entanto, sempre voltam ao mesmo local de descanso após se alimentarem.

As áreas escolhidas por esses pinípedes para formar famílias são costas rochosas e ásperas, ou também praias arenosas.

Podem mudar seus hábitos devido à presença de seres humanos ao redor, e ao pressentirem o perigo, mergulham na água.

A foca é um animal incrível, que tem bigodes “sensoriais” para detectar vibrações embaixo d’água. Outro dado interessante é que pode consumir até sete quilos de comida por dia!


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  • Arias del Razo, A. (2016). Factores que determinan la preferencia de hábitat de los pinnípedos en las islas del Pacífico de Baja California. Tesis de Doctorado. Tesis de Doctorado.


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