Gavel, um cachorro que não pôde ser cão policial por ser muito dócil

Gavel, um cachorro que não pôde ser cão policial por ser muito dócil

Última atualização: 12 novembro, 2017

Para poder servir à comunidade, um cão policial deve ter certas características quanto a sua personalidade. Por isso, Gavel não pôde ser um cão policial… Por ser muito meigo! Esta história ocorreu na Austrália e a contaremos a seguir.

Gavel: de cão policial a cão de companhia

Quando Gavel era um filhote, ele entrou para as forças policiais da cidade de Queensland, na Austrália. O objetivo era transformá-lo em um cão ativo para o Estado e para a Comunidade, segundo as forças policiais locais.

Era maio de 2016, quando este Pastor alemão de poucos meses já aparecia nas fotos com seus colegas de turma e com seus colegas humanos, ao serem condecorados pela sua valentia pelo próprio governador, Paul de Jersey.

Ainda enquanto estavam treinando-o para ser um cão policial, na primeira noite na Academia, os oficiais se deram conta de que o animal não estava feliz. Preferia cumprimentar as pessoas ao invés de acatar ordens. Seu encanto e sua popularidade o transformaram no ser mais célebre da academia. E como era muito amistoso com os visitantes… seu trabalho como cão policial não estava assegurado.

Então, eles optaram por lhe dar uma outra missão, mais em conformidade com a sua personalidade. Em fevereiro deste ano, ele foi transformado no cão de cerimônias do Estado. A partir de então, sua tarefa é “cumprimentar os visitantes e turistas da Casa do Governo de Queensland”, algo que ele faz com todo seu amor, felicidade e disposição.

Como se treina um cão policial?

Faz séculos que os  cães são usados como arma de caça ou de guerra, como meio para controlar, submeter e intimidar às pessoas. A primeira instituição a treinar cães foi o Exército dos Estados Unidos, durante a Guerra com os Índios Seminole (1835 a 1842).

O primeiro corpo oficial de cães policiais surgiu no início do século 20. Os cães foram treinados em Gante, Bélgica. Depois, a prática estendeu-se para outros países, como a Hungria, a França, a Alemanha e a Áustria. O exército destas nações reconheceu o potencial dos cães.

Em 1911, em terras alemãs, havia em média 400 batalhões de polícia supridos com cães policiais especialmente treinados. O uso dos cães de maneira organizada se acelerou durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, o título popular deles era “corpo K9” (um homófono de “canino”).

Pastor alemão, a raça perfeita para um cão policial

Os pastores alemães foram considerados como raça de elite para fazer parte do grupo de cães policiais devido a suas características e personalidade. Quando ataca, seus incisivos superiores e inferiores se transformam em uma tesoura que extraem pedaços de carne. As feridas se infectam rapidamente e as cicatrizes são permanentes.

Os oficiais são os encarregados de treinar os cães para que se transformem em seus colegas de missão. Segundo o tipo de ensino, o animal pode estar em uma patrulha antidrogas, à procura de armas, na busca de pessoas, etc.

Como primeira medida, o cão deve ser de tamanho grande (por isso são mais comuns os Pastores alemães ou os Dobermanns). Também, eles têm que ter um grande sentido do olfato. A maioria são machos e não estão castrados. Além disso, ele deve ter com uma personalidade energética e sociável.

Gavel recebendo carinho de uma mulher

Fonte: cnnespanol2.files.wordpress.com

Eles devem cumprir as regras básicas de obediência sem demora: sentar-se, ficar quieto, jogar-se, entregar um objeto, procurar um elemento, etc. Tem que confiar no dono ou no treinador sem duvidar.

Outro dos aspectos que não podem faltar em um cão policial é a agilidade. Tem que pular, rastejar e procurar objetos o mais rápido possível. Também tem que subir e descer escadas sem problemas.

Enquanto estiver sendo treinado, o cão é exposto a diferentes experiências para se familiarizar com os ruídos fortes, o tumulto, o tráfego, etc. Depois são ensinados a detectar drogas, substâncias ilegais ou bombas. Quando os cães o fazem corretamente, é dado a eles uma guloseima como prêmio. Assim ele sabe que, quando detectar algo ilegal, receberá uma recompensa.

Se você não é um oficial de cães policiais, não poderá treinar o seu cão desta maneira. Ainda que seja necessário que seu cão te obedeça, seja ágil e esteja acostumado aos ruídos, não é sua tarefa detectar substâncias ou drogas se ele não está em serviço.

Fonte das imagens: www.cambiodigital.com.mx e cnnespanol2.files.wordpress.com


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