Medo do escuro: Cães que não andam de noite

Medo do escuro: Cães que não andam de noite

Última atualização: 25 abril, 2016

O medo do escuro é um problema em alguns animais. Os cães, por exemplo, são seres extremamente sensíveis e algumas experiências podem afetá-los negativamente, se tornando marcantes no comportamento deles, por isso lhe explicaremos no que isto consiste, usando como exemplo o caso dos cães que não andam de noite.

Pode ser que o seu cão tenha um comportamento normal até que algum tipo de situação traumatize o seu animal e gere anormalidades em seus hábitos. Isso é comum, especialmente depois de festividades nas quais foram utilizadas pirotecnia ou quando associam uma ação ou lugar com uma experiência dolorosa ou que lhes causou muito medo.

No caso específico da pirotecnia, os cães (em especial aqueles que têm um ouvido muito sensível) podem terminar associando uma hora específica do dia com os estalos da pólvora, portanto eles se mostrarão temerosos e se negarão a fazer atividades nesses momentos do dia.

É por isso que a ansiedade se inicia no mesmo momento em que a luz desvanece. Muitos destes animais acabam sendo cães que não andam de noite e se negam a sair à rua depois de anoitecer, a brincar, a comer e a sair da caminha.

Cachorro com medo

É importante corrigir esses comportamentos, pois eles podem prejudicar permanentemente a saúde mental de seu cão. Daremos alguns conselhos que você poderá seguir se este for o caso de seu animal de estimação:

  • A primeira coisa a se fazer é determinar a origem do medo, na maioria dos casos o medo se deve aos fogos de artifício, mas também pode ter outra origem.
  • Determine as horas durante a escuridão em que seu cão se sente mais cômodo. Os cães quando não andam de noite diferenciam entre determinado momento da noite e a madrugada, quando tudo é muito mais tranquilo, os cheiros são mais frescos e o sol vem nascendo.
  • Não tente obrigar o seu cão a sair, brincar ou se mover em momento algum que ele esteja incomodado. Isso só reforçará o mau comportamento do animal.
  • Utilize petiscos, carícias ou algum tipo de estímulo para lhe fazer sair de seu estado, mas se lembre, só devemos fazer isto quando o cão se encontrar tranquilo, pois se o fizermos quando ele estiver alterado, isso também reforçará a má conduta do animal.
  • Se for passear fora de casa e o cão der sinais de querer voltar, o melhor é que o faça, forçá-lo a ficar na rua apenas trará mais inconvenientes.
  • Quando ele estiver tranquilo ou brincalhão, leve-o a um jardim, utilize abajures ou tochas para iluminar o caminho e deixe que ele se mova para onde quiser. A iluminação é importante porque quando o cão está assustado, o escuro só aumentará a probabilidade de que o cão desenvolva ainda mais medo.
  • Se você vive em uma área muito barulhenta é melhor que faça estes exercícios quando tiverem diminuído os barulhos, pois a longo prazo a problemática gera sensibilidade no cão.
  • Seria prudente que você comentasse com o seu veterinário sobre esta situação, ele poderá te orientar sobre isso.
  • Caso o seu cão não melhore, o ideal é procurar um adestrador de animais que seja capaz de te ajudar, e ajudar ao seu cão, a melhorar essa situação.

Medo do escuro: cães que não andam de noite

O medo do escuro é normal entre os mamíferos, com exceção dos que estão adaptados para passar a maior parte de suas vidas acordados durante a noite.

Cachorro com medo

Autor: Will Marlow

O medo do escuro, em alguns animais, se deve ao fato da falta de luz esconder muitos perigos, como predadores, objetos pontiagudos, plantas venenosas, etc. Os cães estão bem equipados para se virarem na escuridão total (não absoluta) e podem se orientar com seus outros sentidos.

Entretanto, um cão nervoso ou pouco confiante atuará com temor ante estas condições, preferindo ficar em espaços abertos à luz da lua ou em interiores bem iluminados do que se expor a algum risco.

A única maneira de lidar com um cão nervoso é não reforçando as condutas negativas dele e não tentando tranquilizá-lo ou acariciá-lo quando ele estiver assustado, pois isto apenas piorará a condição do animal.

O ideal é deixar que o temor passe e, então, acariciá-lo quando ele já estiver tranquilo, pois pouco a pouco ele irá entender que não há nada para se assustar e irá ganhando mais confiança.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.