Notas sobre o instinto maternal dos gatos

Notas sobre o instinto maternal dos gatos

Última atualização: 09 março, 2022

Os gatos são animais muito independentes e, por vezes, parecem negligenciar seus filhotes, para o desespero de seus donos, que estranham a atitude dos animais e acabam não sabendo lidar com a reação dos bichanos com seus filhotes. Por isso é importante conhecer o comportamento típico de um gato com seus filhotes, para reconhecer possíveis problemas que possam surgir com o nascimento e o início da vida dos gatinhos filhotes. Abaixo estão algumas informações sobre o instinto maternal dos gatos, fique atento e aprenda a lidar melhor com seu bichinho.

Sobre o instinto maternal dos gatos: o que deve ser feito após o parto dos gatos?

É normal que a mãe não se importe com seus gatinhos logo depois do parto. No entanto, logo ela começará a lambê-los..

As lambidas da mãe são muito importantes para o desenvolvimento físico dos gatinhos, já que esse gesto da fêmea seca os bichanos, orienta os filhotes sobre a direção das mamas da fêmea e até mesmo estimula a respiração.

Além disso, também ajuda na primeira defecação e micção dos pequenos, uma vez que isso não acontece espontaneamente. Durante as primeiras semanas, os filhotes são completamente dependentes da mãe e não é adequado tocá-lo ou incomodá-los muito.

A nova família deve permanecer no local que foi preparado especialmente para o parto, de preferência em um local quente. Este local pode ser uma caixa ou cesta.

Durante este período é preciso ficar atento porque a fêmea vai precisar de três vezes mais alimentos do que o habitual.

Instinto maternal dos gatos: à amamentação e os  cuidados com a mamãe

 

 

O leite das gatas é chamado de colostro e é cheio de nutrientes que alimenta com as defesas da gata para proteger os gatinhos que acabaram de nascer.

Se os filhotes estiverem inquietos durante a amamentação, você deve levá-los ao veterinário para ter certeza que eles estão ingerindo leite o suficiente para suprir a dieta dos animais.

O período de lactação dura entre 30 dias a seis semanas. A partir dos 30 dias, a gata começa a amamentar seus filhotes com cada vez menos frequência, enquanto os filhotes começam a incorporar alimentos sólidos na sua dieta.

A partir das primeiras 6 semanas, a amamentação desaparece, mas ainda pode levar alguns meses de forma pontual.

O comportamento maternal de gatos é semelhante ao dos cachorros, entretanto, os gatos tendem a lamber mais seus filhotes.

A rotina estabelecida imediatamente após o nascimento é: primeiro a gata se lambe, então é comum que a fêmea lamba o chão onde costuma cair o líquido amniótico e, em seguida, lambe os gatinhos.

Durante as horas seguintes ao parto, o instinto maternal dos gatos faz com que a mamãe não se separa de seus pequenos, exceto para se esticar e satisfazer suas necessidades básicas.

Uma vez passadas as primeiras 48 horas, as lambidas irão ocorrer com menos frequência, mas ainda assim a gata continuará lambendo seus filhotes durante os primeiros 14 dias.

Durante a terceira semana, a mãe começa a tirar os gatinhos do “ninho”, geralmente agarrando-os pelo pescoço com a boca.

O comportamento felino inclui fazer ninhos com outros gatos e amamentar os filhotes em comunidade, por isso é muito provável que um gato adote um filhote que não tenha sido gerado por ele.

Além disso, os filhotes estimulam os sentidos das gatas. O tamanho dos filhotes, pele suave, o cheiro distinto… em suma, tudo o que faz uma mãe ser capaz de reconhecer o seu filhote, faz com que a gata descubra novas sensações com a maternidade.

Por isso, é muito raro para que as felinas rejeitem seus filhotes, mesmo as mães de primeira viagem.

A rejeição de uma mãe a seu filhote ocorre mais frequentemente com gatinhos que nascem doentes ou gatinhos que nasceram com algum problema congênito, uma vez que as mães detectam algum comportamento estranho em sua prole e, portanto, não a reconhece e acaba ignorando os gatinhos recém-nascidos.

Em casos extremos, a rejeição pode  chegar ao canibalismo. Ao nascer o filhote, a gata come a placenta e o cordão umbilical; em casos de repúdio a gata não pára quando chega nos filhotes.

As cesarianas são uma das causas mais comuns de rejeição da prole, já que por não ter dado à luz e não ter sido capaz de limpar seus gatinhos a mãe pode não reconhecer os animais como filhos.

Instinto maternal dos gatos, situações podemos encontrar com a mamãe?

 

Ainda que pareça raro, o instinto maternal dos gatos podem levá-los a ter leves condutas agressivas as crias e também a outros animais e pessoas. É bastante comum em gatas que acabaram de ser mães, pois isso acontece devido a um problema de hipocalcemia (níveis baixos de cálcio no sangue), por causa da amamentação.

Se isso acontecer, o melhor é ir ao veterinário para prescrever um suplemento de cálcio e recomendar o desmame dos filhotes.

Perturbar a gata desnecessariamente enquanto ela está no ninho pode causar um comportamento violento, por isso é melhor deixá-la tranquila e evitar pegar os filhotes, para evitar atos de ciúmes e agressões da mãe.

No caso de gatos que vivem na mesma casa, pode acontecer de outras felinas se comportarem como se fossem seus filhotes. Neste caso, o melhor é separar os gatos para uma relação normal entre a mãe e seus filhotes e evitar que ocorra brigas entre eles.

Encontrar um gatinho órfão é um acontecimento relativamente comum. Se você decidir adotar uma ninhada sem mãe, deve dar leite aos bichanos a cada duas horas em uma mamadeira ou garrafa.

Os gatos devem estar abrigados em um local limpo e quente, e a garrafa ou mamadeira deve ser esterilizada antes de cada amamentação. Além disso, é sempre aconselhável levá-los ao veterinário para se certificar de que  os filhotinhos estejam em perfeito estado de saúde.

 


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  • Ana-Monica, T., Papuc, I., Lăcătuş, R., Ciofâcă, I., & Purdoiu, R. (2007). MATERNAL BEHAVIOUR IN DOMESTIC CATS. Bulletin USAMV-CN, 64, 1-2.
  • Turner, D. C., Bateson, P., & Bateson, P. P. G. (Eds.). (2000). The domestic cat: the biology of its behaviour. Cambridge University Press.

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