O santuário de animais de Angelina Jolie

O santuário de animais de Angelina Jolie

Última atualização: 13 setembro, 2017

É uma das notícias divulgadas pela mídia que ganhou maior destaque nos últimos tempos. Angelina Jolie inaugurou, oficialmente, um Santuário de Animais na Namíbia, país localizado no sudoeste da África.

O objetivo desse centro é dar abrigo a elefantes e rinocerontes que ficaram feridos ou órfãos. É importante salientar que muitos desses animais são vítimas dos caçadores ilegais.

A reserva ambiental foi batizada de The Shiloh Wildfire Sanctuary. Esse título foi dado em homenagem à Shiloh, uma das seis filhas da atriz com o ator Brad Pitt. A menina nasceu exatamente nesse país africano, há 11 anos.

A menina, que acompanhou Angelina Jolie na abertura do santuário junto com os seus cinco irmãos, surpreendentemente se sentiu grata quando soube que o projeto ambiental levava seu nome.

A caça ilegal na África. Um problema sem fim?

A lista de espécies de animais em perigo de extinção devido à ação do Homem parece não ter fim.

Fonte da imagem: http://elpais.com

Os gorilas e os chimpanzés tiveram o seu número bastante reduzido, não só devido à caça ilegal. Essa situação aconteceu também por causa de doenças, como o Ebola. Dentre as espécies ameaçadas, estão também o cão-selvagem africano, que perdeu seus habitats, suas presas e seus locais de caça.

Estão em risco também o guepardo, o leopardo, o hipopótamo-pigmeu e o lêmure. As frequentes guerras em que se envolve a maioria dos países africanos se tornou também outro fator que atua contra a conservação animal. E esse desastre não só afeta a fauna, mas também a flora, além das populações que moram no local.

O marfim, a causa do extermínio animal

O tráfico de marfim, ou seja, a comercialização ilegal de chifres de elefantes e rinocerontes, que simbolizam elementos místico-religiosos em várias culturas, foi um dos principais fatores que levou ambas as espécies a figurarem no trágico livro-vermelho.

Estima-se que só no ano de 2015, 1.305 rinocerontes brancos tenham sido abatidos na África, enquanto que 80% dos elefantes africanos teriam morrido vítimas da caça indiscriminada entre os anos de 2004 e 2014 (ao redor de 25 mil espécimes).

Embora muitos países tenham criado Santuários de Animais e da Vida Selvagem, o problema está longe de ser resolvido.

A Namíbia, além do Zimbábue, foram os mais afetados nos últimos anos. Essa situação foi provocada pela política conservacionista que foi implementada na África do Sul. Muitas das pessoas que dedicavam a matar rinocerontes e elefantes na terra natal de Nelson Mandela, passaram a atuar para além das linhas fronteiriças. Agora também buscam escapar dos regimes de caça mais rígidos.

Os santuários para animais, como o de Angelina Jolie, são suficientes?

Além do recém-inaugurado santuário mantido pela Fundação Jolie-Pitt, junto com o Ministério do Meio Ambiente e Turismo da Namíbia, são muitos os territórios destinados à conservação de determinadas espécies animais. Através desses esforços, o objetivo não só é garantir a sobrevivência desses animais, mas também atendê-los da melhor forma possível.

Para equipar corretamente o The Shiloh Wildfire Sanctuary, a Fundação N/a’an ku sê, sócia da organização ambiental criada por Angelina Jolie e Brad Pitt, contaram com a colaboração de empresas como a Toyota.

Essa famosa marca de automóveis ofereceu todos os veículos necessários para o transporte dos funcionários e dos próprios animais, um detalhe fundamental quando se trata de grandes extensões de terras protegidas. Além disso, existe uma clínica veterinária de primeira linha. Nela trabalham veterinários qualificados.

Além disso, o governo da Namíbia se comprometeu a apoiar institucionalmente essa e outras iniciativas que tenha como objetivo proteger a flora e a fauna locais. Manifestaram-se, nesse sentido, Hage Geigob e Monica Geigos, presidente e primeira-dama desse país, respectivamente. Eles fizeram essa declaração em um encontro privado que tiveram com Angelina Jolie depois do início do processo de inauguração.

O turismo: uma janela econômica para a conservação

A economia da Namíbia depende principalmente da mineração. Destacam-se a extração de diamantes, urânio e, em menor grau, de cobre, estanho e chumbo. No entanto, o turismo teve uma alta nos últimos anos.

O país se tornou um destino comum de milhares de visitantes de todas as partes do mundo. Turistas que desejam vivenciar uma experiência de contato com o mundo selvagem, em países com paisagens intocadas e da forma mais natural possível.

Por isso, iniciativas como a do Santuário para Animais e Vida Selvagem inaugurado por Angelina Jolie, além de estimularem a conservação e gerarem uma publicidade positiva, também atendem ao interesse econômico do Estado.


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