O órgão vomeronasal das cobras

Através de sua língua bifurcada, os ofídios coletam informações do ar, que são transmitidas para os seus cérebros por meio do órgão vomeronasal; assim, eles conseguem detectar suas possíveis presas.
O órgão vomeronasal das cobras

Última atualização: 27 abril, 2019

Além das narinas, grande parte dos vertebrados possui a capacidade de captar informações do ar através do órgão de Jacobson. Os ofídios têm esta habilidade muito desenvolvida. Vamos contar alguns fatos sobre o também chamado órgão vomeronasal das cobras.

Um detector de substâncias que estão no ar

Embora este órgão de quimiorrecepção esteja principalmente relacionado à absorção de feromônios, os ofídios podem detectar uma grande variedade de substâncias. É assim que eles usam este órgão para encontrar suas possíveis presas e até mesmo para reconhecer os integrantes da sua família.

Como eles fazem isso? Através de sua língua bifurcada, eles ‘coletam’ substâncias no ar. Esta informação é enviada ao palato e então é transmitida ao cérebro por meio do órgão de Jacobson, localizado atrás do osso vômer, entre as narinas e a boca.

Além de ‘decodificar’ esses dados químicos através do órgão vomeronasal, grande parte das cobras também podem reconhecer o calor emitido pelos animais de sangue quente.

Um detector de substâncias que estão no ar

Aprenda sobre o órgão vomeronasal das cobras, através do qual os ofídios obtêm diferentes tipos de informação que captam no ar.

Alguns fatos sobre o órgão vomeronasal

O órgão vomeronasal foi descoberto em 1811 pelo anatomista e cirurgião dinamarquês Ludwig Lewin Jacobson, por isso também é conhecido como órgão de Jacobson. Ele faz parte do sistema olfativo de mamíferos, répteis e anfíbios.

Ele é muito útil na transmissão de mensagens químicas entre membros da mesma espécie que estão relacionadas, principalmente, com a atividade sexual.

Estima-se que, da mesma forma, ele também possa estar relacionado à recepção de sinais que estão relacionados à territorialidade, um assunto importante no reino animal.

Detalhes sobre o órgão vomeronasal das cobras

Assim como já antecipamos, o órgão vomeronasal das cobras também é uma ferramenta muito importante para rastrear e caçar suas presas. Ele é formado durante o estágio embrionário, a partir da cavidade nasal, e apresenta uma abertura para o palato.

Detalhes sobre o órgão vomeronasal das cobras

Por sua vez, a língua é ideal para o transporte de informações para o órgão de Jacobson. Ela é dotada de minúsculas papilas ou depressões – de acordo com a espécie – que captam e retêm diferentes partículas odoríferas. Desta forma, podemos dizer que esses répteis cheiram o ar com suas línguas.

Ter uma língua bifurcada também permite que eles detectem de maneira mais eficiente de onde os estímulos químicos vêm. Então, as informações obtidas por cada parte da língua chegam ao cérebro de formas separadas, depois de passar pelo órgão vomeronasal desses ofídios.

Outras informações sobre este órgão peculiar

Para que você possa ter uma ideia melhor do órgão de Jacobson, vamos dar um exemplo mais próximo: os gatos. Nossos amigos felinos são ideais para observar como eles ‘saboreiam’ o ar.

Você certamente já notou – caso contrário, preste atenção e você vai conseguir perceber – que os gatos, às vezes, abrem a boca e inspiram pela parte superior. Simultaneamente, eles direcionam os lábios para baixo, franzem o nariz e levantam a cabeça.

Esse mecanismo, chamado de reflexo Flehmen, é o que permite que o ar e as informações contidas nele cheguem até o órgão vomeronasal do gato.

Fique sabendo que os humanos também têm o órgão de Jacobson. Porém, os cientistas ainda não conseguiram chegar a um consenso quanto à sua função no nosso corpo.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.