Os animais como símbolos

Os animais são utilizados como símbolos em virtude das associações de características que os humanos lhes deram. Isso é algo que acontece há centenas de anos.
Os animais como símbolos

Última atualização: 28 julho, 2018

Seja pelo comportamento ou pela força, ou talvez por uma lenda antiga ou por crenças populares, sempre usamos os animais como símbolos. Cada um representa algo diferente para as pessoas, há séculos, e nesse texto vamos falar mais sobre alguns simbolismos no reino animal.

Por que usamos os animais como símbolos?

Desde tempos remotos, foram dadas muitas qualidades aos animais: velocidade, valentia, ferocidade, dominação, etc. Mais tarde, os animais tornaram-se uma espécie de simbolismo para relatar algo, como nas famosas lendas.

Com o passar do tempo, essas apreciações tornaram-se mais conhecidas e várias sociedades começaram a usar exemplos de animais para se referir a algo ou a alguém: “é valente como um leão”, “é decidido como um rinoceronte”, “tem a memória de um elefante”, etc.

rinoceronte
Fonte: Valentina Storti

Alguns desses significados são arbitrários e estão mais relacionados mais às crenças populares do que aos dados científicos. No entanto, em outros casos, os animais foram utilizados como símbolos de tal maneira que, ao vermos sua imagem, automaticamente a associamos com a definição “humana”.

Animais como símbolos: o caso da águia

Para começar, podemos falar de um dos exemplos mais “famosos” na hora de usar os animais como símbolos: a águia. Desde muito tempo atrás, essa ave predadora tem sido relacionada com o poder e a vitória, por isso pode ser vista em insígnias, escudos e até em bandeiras de alguns países.

Na verdade, á águia foi o emblema da Roma Antiga, das Cruzadas e dos reis católicos. Também esteve relacionada aos deuses Júpiter e Zeus, e é um símbolo também da monogamia e da boa visão.

A simbologia do leão

Outro caso que podemos destacar no uso de animais como símbolos é o do leão, conhecido por ser “o rei da selva” devido a sua valentia. Imaginamos este animal como o mais poderoso da savana africana, quando na verdade há outros animais que tem até mais força que ele. Não podemos nos esquecer, por exemplo, que o leão macho passa grande parte do tempo dormindo, enquanto as leoas são as encarregadas de conseguir o alimento. No entanto, várias sociedades e culturas lhe usam como símbolo de “poder”, inclusive em regiões onde essa espécie não habita, como é o caso de Roma e da Grécia.

Além disso, no Egito o leão representa a Deusa Sekhmet, que protege os bons e aniquila os maus. Por outro lado, dentro da alquimia, o leão está relacionado com o sol, com a iluminação e com o ouro.

Já na Idade Média, muitas famílias colocaram este animal em seus escudos devido a sua coragem, bravura e majestade. Até um rei inglês, Ricardo I, foi conhecido como “coração de leão”, após ter demonstrado sua grande valentia para defender o poder religioso durante a terceira cruzada.

O elefante como símbolo

Esse mamífero enorme, o maior entre os terrestres, é oriundo da África e Ásia, e há milênios tem sido venerado por diferentes culturas e religiões, especialmente na Índia e na China.

Acontece que o elefante simboliza a força, a paciência, a inteligência e a memória, ainda que, para alguns, esteja relacionado com a honra, a dignidade e o orgulho. Na religião hindu, os elefantes ocupam um lugar muito importante na vida cotidiana e é a imagem do Deus Ganesha, da sorte, proteção e fortuna.

Esse animal pertence a uma sociedade matriarcal – as fêmeas são as que mandam – e também é um modelo de vida familiar e de valores. Por isso, é escolhido como amuleto para a bonança e a riqueza, assim como para a proteção de lares.

filhote de gato

Animais como símbolos: o gato

Os felinos domésticos são motivo de veneração desde o antigo Egito. Os egípcios, assim como os celtas, o consideravam um guardião do submundo, talvez por serem silenciosos e misteriosos.

Como podem enxergar muito bem no escuro, graças aos seus olhos preparados anatomicamente, dizem que os gatos conhecem nossos sonhos e que são seres espirituais. Foram justamente esses hábitos noturnos que lhes fizeram quase desaparecer na Idade Média, quando se pensava que eram bruxas transformadas em animais.


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