Perigos de comprar um cachorro de um criador particular

Perigos de comprar um cachorro de um criador particular

Última atualização: 06 setembro, 2016

Entre os principais riscos de comprar um cachorro ou dar entrada na sua adoção se ele for oriundo de um criador, encontramos a compra de pedigrees falsos ou a aquisição de animais doentes.

A aquisição de um cachorro precedente de um criador envolve perigos que convém conhecer para poder evitar. Em torno do negócio da compra e venda de animais de criadores particulares existem alguns riscos, entre eles, a possível superexploração dos cachorros para a criação.

Pode acontecer o caso de o cliente pagar uma soma de dinheiro exorbitante por um pedigree que não é verdadeiro. Este artigo explica quais são os riscos de comprar um animal de um criador particular e as maneiras de evitá-los.

Riscos relacionados à higiene na compra de um cachorro

almofadinhas

Quando adotamos um filhote, devemos ter a consciência de que eles precisam de cuidados específicos, como é o caso da eliminação de parasitas, vacinas e revisões a partir de determinada idade. Se não levarmos em conta esses cuidados, a saúde do filhote poderá ser afetada.

É importante que o nosso vendedor ou pessoa que nos ceda um cachorro seja um criador reconhecido, uma associação protetora dos animais ou um profissional.

A aquisição de um animal de um criador particular não assegura que ele tenha recebido os cuidados sanitários adequados. É importante levarmos em conta que não é uma atividade comercial reconhecida e, portanto, não são exigidos deles os mesmos requisitos exigidos de um criador profissional ou de um estabelecimento autorizado de venda de animais.

A situação na Espanha

Apenas na Espanha, há mais de cinco mil empresas especializadas em animais de companhia. Esses negócios têm a obrigação de cumprir certos requisitos, como corretas condições higiênico-sanitárias para os futuros animais de estimação que venham a abrigar.

No entanto, os criadores que criam animais em sua casa podem ignorar essas condições, porque não estão submetidos aos controles dos estabelecimentos e negócios autorizados de animais.

A reclamação depois da compra de um cachorro

Como muitas outras compras, se você não tiver o recibo da compra do animal, não terá a possibilidade de reclamar, caso seja necessário. O animal pode estar doente e inclusive morrer dias depois de sua compra devido a determinadas patologias.

Quando se trata de estabelecimentos autorizados, a compra costuma incluir uma garantia de 15 dias. Durante esse período, se o animal adoecer ou morrer, o comprador pode pedir uma compensação em dinheiro.

Também há casos em que doenças surgem 15 dias depois da compra do cachorro e, depois desse tempo, já é muito complicado reclamar no estabelecimento.

Superexploração de animais

Existem criadores que submetem as fêmeas a uma superexploração para obter mais filhotes. Sobretudo, quando compramos animais sem garantia, sabemos que estamos fomentando esse negócio, o da superexploração.

Fraudes e pedigrees

Como observamos, o número de fraudes na aquisição de cachorros com uma suposta raça ou um determinado pedigree é mais frequente do que o desejável. Uma das formas de se evitar a problema é solicitar a realização de exames de DNA para determinar quem são os pais e a origem do cão.

É verdade também que as compras não freiam o abandono. A adoção de um cachorro é uma opção solidária e necessária, se for levado em conta que o Brasil possui, hoje, cerca de 30 milhões de animais abandonados. Não faz muito sentido comprar um cão quando há muitos a espera de uma família nos abrigos.

Conselhos para evitar riscos ao comprar um cachorro

Carta de um cão para sua dona
  • Conhecer as suas origens. Como vimos, é recomendável verificar sua procedência.
  • Falar com o criador e conhecer os detalhes do animal.
  • Se há um clube de raça do animal, visite-o para conhecer as suas peculiaridades.
  • Avaliar as instalações onde vive a matilha e suas condições higiênico-sanitárias. Essa é a maneira de saber se o criador é profissional e responsável com os animais que cria e vende.
  • O sistema para recolher o DNA e saber a procedência do animal não é difícil. Simplesmente é preciso pegar um cotonete e esfregá-lo na zona interna da mandíbula para colher células, que é onde se encontra o DNA. É seguro e indolor para o cachorro. Esse DNA informa, por exemplo, quando um cachorro vem de mais de uma raça diferente. Em todos os casos, alguma dessas raças será a predominante e o cão se parecerá mais com ela física e emocionalmente.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.