Pisco-de-peito-azul: conheça esta ave maravilhosa

Além de nos maravilhar com suas cores chamativas, o pisco-de-peito-azul é capaz de emitir um canto imitando outras espécies.
Pisco-de-peito-azul: conheça esta ave maravilhosa

Última atualização: 08 abril, 2019

Como seu nome indica, o pisco-de-peito-azul apresenta uma plumagem majoritariamente azulada em seu peito, combinada com outras cores. No entanto, este não é o único aspecto surpreendente desta ave incrível. Saiba mais sobre ela a seguir.

Descrição do pisco-de-peito-azul

Seu nome científico é Luscinia svecica e pertence ao grupo dos passeriformes e à família dos Muscicapidae. Em inglês, é conhecido como bluethroat (garganta azul).

Com cerca de 14 centímetros de tamanho e 20 gramas de peso, o pisco-de-peito-azul apresenta uma figura pouco esbelta, com patas e bico finos, ambos de cor cinza, e olhos pretos.

No que diz respeito à sua plumagem, o que mais se destaca é seu peito azul, que também pode incluir outras cores, como o branco ou o castanho alaranjado. Os machos são muito mais chamativos e coloridos do que as fêmeas, em um claro dimorfismo sexual, como acontece com a maioria das aves.

O resto das plumas são acinzentadas, alaranjadas, brancas ou amareladas. A cabeça é mais escura do que o rosto, assim como acontece com as costas e as asas. A plumagem da cauda é característica: apresenta pontas pretas e o resto em vermelho ou laranja.

Luscinia Svecica

Comportamento e habitat

Poderíamos dizer que esta ave é um pouco “tímida”. As fêmeas costumam caminhar pelo chão e, quando sentem que há algum perigo ou som estranho, se escondem.

O canto do pisco-de-peito-azul é agudo, longo e melodioso, e às vezes ele pode imitar o canto de outros pássaros, principalmente das cotovias. Costuma cantar pela manhã e quando escurece; os machos cantam pousados nos arbustos.

Até o momento são conhecidas 11 subespécies do pisco-de-peito-azul, as quais vivem desde as latitudes árticas até as setentrionais do paleártico. Isso significa que podem ser vistas na Escandinávia, Alasca, Ásia e Europa central e ocidental. Inclusive, alguns exemplares foram encontrados na Índia e no norte da África durante a época de migração ou hibernação.

Preferem regiões altas – entre os 1000 e os 2000 metros acima do nível do mar – durante a época de acasalamento, e no resto do ano ficam em pântanos, regiões úmidas, florestas de bétulas, terrenos próximos a prados abertos, perto de rios, lagoas ou córregos, e em áreas com muitas ervas daninhas.

Pisco de peito azul

Para construir seu ninho, escolhem as ladeiras de serras e montanhas, perto de algum espelho de água doce. Colocam entre cinco e sete ovos de cor verde ou azulada com manchas avermelhadas por volta do mês de maio. Depois de duas semanas de incubação – compartilhada entre mãe e pai – nascem os filhotes, que já conseguem voar no primeiro mês de vida.

Como o pisco-de-peito-azul se alimenta? Trata-se de uma ave insetívora que baseia a sua dieta em coleópteros, dípteros, lepidópteros, insetos aquáticos e até larvas. Em algumas ocasiões, pode ingerir frutos de arbustos silvestres e algumas sementes no outono.

As principais ameaças para o pisco-de-peito-azul são a alteração da paisagem devido à pecuária, o desmatamento e a dessecação de rios e córregos. No entanto, não é considerado ameaçado de extinção, e nem vulnerável, sendo classificado como um caso de “preocupação menor” devido à quantidade de exemplares que existem no mundo.

O pisco-de-peito-azul é uma ave migratória parcial ou total que se destaca por suas plumas azuis chamativas na garganta e no peito. Apesar de seu tamanho pequeno, é uma espécie colorida típica dos prados com hábitos fascinantes.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Zink, R. M., Drovetski, S. V., Questiau, S., Fadeev, I. V., Nesterov, E. V., Westberg, M. C., & Rohwer, S. (2003). Recent evolutionary history of the bluethroat (Luscinia svecica) across Eurasia. Molecular Ecology. https://doi.org/10.1046/j.1365-294X.2003.01981.x

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.