O rato-almiscarado: reprodução e comportamento

Os ratos-almiscarados são grandes roedores que habitam marismas na América do Norte e na Eurásia. Esses animais se caracterizam por seu forte odor, chamado de almíscar. Conheça sua dinâmica comportamental e sua incomum dieta.
O rato-almiscarado: reprodução e comportamento

Última atualização: 31 julho, 2020

O rato-almiscarado é um roedor grande, parente de ratos, camundongos e hamsters. Embora os ratos-almiscarados sejam animais terrestres, eles preferem viver em ambientes muito próximos à água.

Infelizmente, os ratos-almiscarados têm sido explorados pela indústria de peles há muitos anos. Sua pelagem macia faz com que espécimes desse animal sejam desejados pelas indústrias da moda que usam pele animal.

Um rato-almiscarado adulto mede entre 55 e 65 centímetros de comprimento, sendo que a cauda tem cerca da metade do comprimento total do corpo. Em geral, esses roedores pesam entre 1,5 e 2,5 kg.

O rato-almiscarado é nativo da América do Norte. No entanto, no século XX, foram introduzidos pelo homem na região da Eurásia. Por esse motivo, esses roedores também são encontrados atualmente na Ucrânia, na Rússia, no norte da China e na Mongólia.

Geralmente, passam suas vidas em águas onde sempre possam encontrar de 10 a 15 centímetros de profundidade. Por esse motivo, esses roedores adoram pântanos e marismas.

Os ratos-almiscarados gostam de climas úmidos, pois os climas quentes e áridos são muito negativos para esses animais. Devido à sua fisiologia, esses ratos preferem terrenos úmidos e macios, onde sempre possam manter uma temperatura corporal baixa.

Para se manter frio, o rato-almiscarado desenvolveu um mecanismo chamado de heterotermia. A heterotermia permite que esses animais mantenham as patas e a cauda mais frias do que os órgãos internos.

Comportamento do rato-almiscarado

O rato-almiscarado é um animal altamente social. Por esse motivo, vivem em grandes grupos familiares muito territoriais.

O rato-almiscarado

Ao contrário de outros roedores grandes, o rato-almiscarado não troca de família ao longo da vida. Pelo contrário, eles permanecem com a mesma família e a fortalecem. 

Esses roedores se comunicam através da secreção do almíscarO almíscar é uma substância gordurosa com um odor intenso que é secretada por glândulas especiais, e dele vem o nome da espécie.

O odor do almíscar varia de acordo com o que os roedores desejam comunicar. No entanto, seu uso mais comum é o de advertência para os invasores. Além disso, o rato-almiscarado tem hábitos principalmente noturnos, mas, às vezes, pode ser visto ativo durante o dia.

Esses roedores são onívoros e não possuem um padrão específico para as suas dietas. Assim, o rato-almiscarado come qualquer coisa que aparecer no caminho.

De acordo com pesquisadores da espécie, esses roedores praticam até mesmo o canibalismo, se necessário. Por esse motivo, apenas os espécimes mais fortes sobrevivem. 

Apesar disso, em geral, esses ratos comem capim-de-esteira, nenúfares e diferentes raízes dos pântanos. Além disso, também caçam pequenos animais, tais como salamandras, caracóis, peixes pequenos e até mesmo pássaros jovens.

Embora não tenha um tamanho muito grande, o rato-almiscarado come uma grande quantidade de comida. Diariamente, um espécime pode consumir um terço do seu peso corporal em alimentos.

O rato-almiscarado

Reprodução

Os ratos-almiscarados se reproduzem em qualquer época do ano, exceto no inverno. A gestação desses roedores é de 30 dias. A cada gestação, a fêmea pode dar à luz a 3 até 8 filhotes. Esses filhotes se desenvolvem muito rapidamente após o nascimento e podem se reproduzir em menos de um ano.

Para o parto, os ratos escalam montículos de resíduos vegetais que constroem com antecedência. Esses montículos têm uma altura de aproximadamente meio metro acima da superfície da água.

Embora o rato-almiscarado tenha predadores, ele não está em perigo. Graças à sua alta taxa de natalidade, as perdas sofridas são recuperadas rapidamente.

O rato-almiscarado tem sido explorado pela indústria de peles. Sua pelagem uniforme e seu tamanho grande os tornaram alvos dessa cruel indústria.

Felizmente, no entanto, a exploração do rato-almiscarado diminuiu nos últimos anos. Seu comportamento fez com que eles não fossem adequados para a procriação em cativeiro. 

Nos próximos anos, os grupos de proteção animal esperam reduzir as atividades da indústria de peles. Ao contrário do rato-almiscarado, entretanto, o vison e o arminho ainda são criados cruelmente para a exploração de suas peles.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Elosegi, M. M. (2004). Observación de una rata almizclera, Ondatra zibethicus (Linnaeus, 1766) en Ezkurra (Navarra). Galemys. Volúmen 16, Número 1. Pp. 63-64.
  • Deferrari, G. A. (2007). Biología y Ecomorfología de la rata almizclera en Tierra del Fuego (Doctoral dissertation, Ph D thesis. Universidad Nacional de La Plata, Argentina).
  • Cuesta, C. (1925). El castor y la rata almizclera del río Colorado (Castor canadensis frondator Mearns y Fiber zibethicus pallidus Mearns).
  • Vila, M.; Bacher, S.; Hulme, P. (2006) Impactos ecológicos de las invasiones de plantas y vertebrados terrestres en Europa. Ecosistemas: Revista Científica de Ecología y Medio Ambiente. Volumen 15, Número 2.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.