Como saber se o seu cão sofre de Alzheimer

Como saber se o seu cão sofre de Alzheimer

Última atualização: 29 outubro, 2015

Ainda que seja normal que os cães, da mesma forma que as pessoas, percam algumas faculdades à medida em que envelhecem, se um cão sofrer de Alzheimer, ele apresentará uma série de sinais que devem ser detectados precocemente, para assim se reduzir e tornar mais lenta a deterioração.

A síndrome da disfunção cognitiva, ou Alzheimer canino, é uma desordem neurodegenerativa de características similares as da doença que afeta os humanos. Está associada a idade e provoca uma diminuição das funções cerebrais do animal de forma paulatina.

Envelhecimento e disfunção cognitiva nos cães

Cão

Ainda que nem todos os cães iniciem o processo de desenvolvimento na mesma idade, considera-se que os cães iniciam a velhice – em média – a partir dos sete anos de vida.

O processo normal de envelhecimento destes animais geralmente inclui:

  • Perda da visão e de audição;
  • Diminuição da energia;
  • Aumento das horas de sono;
  • Dificuldades de locomoção.

Também, os animais costumam se tornar mais resmungões e menos pacientes, e passam mais tempo sozinhos e tranquilos.

Além disso, mais da metade dos cães com mais de 15 anos podem vir a sofrer do Alzheimer canino.

Aprender a reconhecer de forma precoce os sinais associados à síndrome da disfunção cognitiva, você ajudará os cães a gozarem de uma maior qualidade de vida durante a velhice.

Sinais que um cão sofre de Alzheimer canino

O cão que sofre da síndrome da disfunção cognitiva exibe uma série de mudanças de comportamento por causa do processo degenerativo de seu sistema nervoso central.

Da mesma forma que os humanos, o cão apresenta:

  • Perda de memória;
  • Desorientação;
  • Alterações psicológicas;
  • Confusão e mudanças de personalidade.

Para detectar se um cão sofre de Alzheimer, você terá que prestar atenção aos seguintes sinais:

  • Não responde quando chamado;
  • Se desorienta, inclusive dentro da casa;
  • Não reconhece os membros da família;
  • Deixa de solicitar afeto e não procura chamar a atenção de seus donos;
  • Perde a vontade de brincar;
  • Parece sempre distante, olhando para o nada;
  • Tem atitudes repetitivas: dá voltas no mesmo lugar, perambula sem rumo, desloca objetos;
  • Fica preso entre os móveis sem poder sair;
  • Modifica sua rotina de sono: dorme mais e, em geral, durante o dia;
  • Durante as noites, ele pode caminhar e latir sem motivo aparente;
  • Faz suas necessidades fora dos lugares habituais, chegando a perder o controle dos esfíncteres.

Alzheimer canino: O diagnóstico precoce é fundamental

Ante o aparecimento de alguns dos sinais relacionados com a síndrome da disfunção cognitiva, é importante consultar um veterinário urgente para confirmar o diagnóstico e proporcionar ao animal um tratamento que retarde a deterioração.

Há profissionais especializados em neurologia e geriatria veterinária que podem indicar os melhores passos a serem tomados para garantir uma melhor qualidade de vida aos cães idosos com Alzheimer.

Como ajudar um cão em deterioração cognitiva

Cão doente

Autor: Soggydan Benenovitch

Ainda que a velhice e o Alzheimer canino não possam ser revertidos, pode-se conseguir que estas doenças avancem de forma mais lenta. Por exemplo:

  • Proporcionando ao cão uma alimentação adequada;
  • Incentivando a aprendizagem de novas condutas que visam uma rotina na qual o cão se sinta tranquilo e seguro;
  • Estimulando sua mente com jogos e diferentes atividades;
  • Interagindo com o animal de forma constante: falar com ele, acariciá-lo, e fazê-lo se sentir querido;
  • Mantendo os passeios e levando-o para conhecer novos lugares;
  • Colocando uma música para relaxá-lo e reduzir seus níveis de ansiedade.

O melhor tratamento é o amor

Diante do avanço da sintomatologia, o veterinário também poderá recomendar:

  • Fármacos paliativos, sobretudo os que melhoram o fluxo sanguíneo;
  • Antioxidantes e vitamina E;
  • Terapias de modificação de conduta.

De todas formas, o melhor que pode ser feito diante destes casos é demonstrar ao seu animal de estimação todo o amor que você sente por ele.

É sabido que alguns cães são utilizados como animais de terapia para ajudar idosos com Alzheimer e, estes, conseguem resultados muito positivos com estas pessoas.

Então, uma forma de devolver aos animais todo o bem que eles nos proporcionam, é acompanhá-los e cuidar deles durante a deterioração que a idade avançada acarreta.

E ainda que eles já não possam mais demonstrar o afeto por seus donos de maneira tão evidente ou efusiva, não devemos ter dúvidas do quanto eles nos amam.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.