Tratamentos para a leptospirose em cães

Uma bactéria é a responsável pela leptospirose em cães. A seguir, vamos falar sobre as suas causas e tratamentos.
Tratamentos para a leptospirose em cães
Alejandro Rodríguez

Escrito e verificado por o biotecnólogo Alejandro Rodríguez.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Também conhecida como tifo canino, a leptospirose em cães é uma doença contagiosa causada por um determinado gênero de bactérias. Se for detectada e tratada a tempo, o seu amigo de quatro patas poderá se recuperar completamente.

O que é a leptospirose canina e como ela é transmitida?

As bactérias do gênero Leptospira são capazes de infectar a maioria dos mamíferos e até mesmo animais de sangue frio. Embora existam outros sorotipos, as espécies Leptospira canicola Leptospira Icterohaemorrhagiae são as ​​responsáveis mais comuns pela leptospirose em cães.

A sua prevalência geralmente aumenta durante os meses com temperaturas moderadamente altas e em áreas úmidas, e pode se manifestar de diferentes maneiras, de acordo com o sorotipo e o estado de saúde do cachorro. Acima de tudo, esta é uma doença grave; portanto, a detecção precoce é vital.

A via de transmissão mais comum é o contato direto com a urina de cães infectados ou ainda o contato indireto com água ou partículas de terra que contenham as bactérias.

Cachorro sendo examinado no veterinário

A leptospirose em cães também pode ser transmitida por meio de ferimentos causados pelo contato com ratazanas, as principais portadoras dessas bactérias, embora dificilmente sejam afetadas por esta doença.

Uma vez que as bactérias conseguem penetrar no organismo, elas se distribuem por meio da corrente sanguínea e chegam aos rins, fígado e outros órgãos.

Quais são os sintomas da leptospirose em cães?

Os primeiros sintomas da leptospirose em cães geralmente correspondem à falta de apetite, náuseas ou vômitos e febre alta. Posteriormente, começam a se manifestar sintomas específicos da infecção por Leptospira, tais como:   

  • Icterícia (amarelecimento dos olhos e pele).
  • Lesões necróticas na boca.
  • Gastroenterite hemorrágica.
  • Úlceras na boca e mucosas nasais.
  • Diminuição da temperatura corporal.
  • Alteração de certos parâmetros – glóbulos brancos e indicadores de função renal – nos exames de sangue.
Cachorro doente

Se você notar mudanças no comportamento habitual do seu cachorro ou identificar algum desses sintomas, é essencial consultar um veterinário, pois isso facilitará o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Qual é o tratamento para a leptospirose em cães?

Conforme comentamos acima, o mais recomendável é que o tratamento comece o mais rápido possível. Serão administrados antibióticos para combater a infecção, geralmente a penicilina e a estreptomicina, durante um período de 7 a 10 dias.

Se necessário, podem ser administrados soro e medicamentos para controlar os vômitos e a diarreia, procedendo assim à reidratação adequada do animal.

Se o profissional veterinário considerar necessário, também podem ser aplicadas medidas para combater os danos tanto nos rins quanto no fígado. Juntamente com essas medidas, uma dieta nutritiva, porém com poucas proteínas, pode ser fornecida.

Finalmente, a melhor medida para proteger nossos cães é a prevenção. É necessário seguir as recomendações de vacinação do veterinário, manter o controle sobre o cachorro e, ao mesmo tempo, tentar fazer com que o ambiente ao seu redor seja o mais higiênico possível, tentando evitar, na medida do possível, que ele se aproxime de possíveis fontes de infecção.


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  • Andre-Fontaine, G., Branger, C., Gray, A. W., & Klaasen, H. L. B. M. (2003). Comparison of the efficacy of three commercial bacterins in preventing canine leptospirosis. Veterinary Record153(6), 165-169.


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