Tudo sobre a torção gástrica

Tudo sobre a torção gástrica

Última atualização: 14 julho, 2015

A Torção gástrica, também conhecida como dilatação gástrica, coloca em um risco muito grave os animais que vêm a sofrer com isso e, se não tratada a tempo, pode ser mortal. Corresponde a uma distensão aguda do estômago (inflamação), fazendo com que ele se retorça e estrangule o órgão. 

Esta doença é muito difícil de se tratar, especialmente quando o dono não percebe que seu animal de estimação está sofrendo com ela.

Existem muitas hipóteses sobre o que causa a distensão gástrica. No entanto, ainda não há um estudo que seja suficientemente conclusivo para determinar com certeza, o que a produz.

Dentro das hipóteses, encontra-se a predisposição de certas raças, especialmente as do tipo grandes ou gigantes, cães com problemas de constipação ou problemas digestivos e aqueles que sofrem de enfraquecimento dos ligamentos do estômago.

A torção gástrica é agravada quando o acúmulo de produto de gases (não se sabe ainda se isso ocorre porque parte do aparelho está torcido ou porque a acumulação faz com que ele se torça) no estômago, deixando-o deixa inflamado, isso corta o fluxo de sangue para diferentes órgãos e causa a morte dos tecidos delicados.

Esse mal deve ser corrigido rapidamente, porque isso pode levar à morte em um período muito curto de tempo, pois impede que o conteúdo estomacal seja eliminado.

Hipóteses

A obesidade em cães

Não está definido o que acontece em primeiro lugar, se é a torção ou a inflação, portanto, isso dificulta muito saber exatamente o que produz este mal.

Por exemplo, ainda não está muito claro se isso é devido a um fator genético ou ambiental. Ou seja, se houve a incidência desta doença em linhas específicas dentro da mesma família.

No entanto, estudos também revelaram que vários dos cães que foram usados para a amostra, pertenciam a um mesmo dono, então não foi possível determinar se a doença surgiu porque os cães estavam vivendo em condições semelhantes.

Foi, inicialmente, levantada a hipótese de que a ingestão excessiva de alimentos e de água estava causando a doença, mas nenhuma relação pode ser estabelecida.

Então, os estudos mais recentes se voltaram para estudar a debilidade de determinados órgãos ou sistemas (por exemplo, permitindo as contrações dos músculos do estômago).

A possibilidade de que esta doença é devida a uma hiperatividade de determinados hormônios é igualmente valorizada.

Então, a hipótese sobre as causas da torção gástrica estão todas ligadas à predisposição genética de certas raças de sofrer males digestivos ou intestinais, exercício excessivo antes ou depois de comer, comportamento hormonal (especialmente dos presentes no estômago), a forma dos órgãos e o funcionamento deles, embora nenhum dos dois descartou os fatores nutrição e hidratação.

Raças com predisposição

Enquanto este mal pode afligir raças grandes e pequenas, é muito mais frequente nas grandes.

Também parece estar relacionado com a forma da área do peito do animal, já que é muito usual que ocorra em cães com tórax profundo, sendo estas as raças como o São Bernardo, o Dogue e o Pastor Alemão, nos quais mais tem sido documentadas esta doença.

Sintomas

Os sintomas que podem ser percebidos são:

  • Prisão de ventre
  • Ausência de expulsão de gases
  • Cólicas ou dores na área abdominal
  • Inflação no estômago
  • Salivação excessiva
  • Náusea e engasgos
  • Nervosismo

Assim que surgirem os primeiros sintomas, você deverá levá-lo ao veterinário, porque os danos causados pela torção gástrica podem ser irreparáveis em um curto espaço de tempo.

Dependendo da gravidade e do estado da doença, o veterinário vai conduzir o tratamento por dois caminhos, um é uma terapia de choque, que geralmente é trabalhada nas fases iniciais.

O segundo é um procedimento cirúrgico para corrigir a torção gástrica. No entanto, nenhum deles garante uma recuperação satisfatória, por isso é melhor prevenir do que remediar.

Cachorro da raça São Bernardo

Prevenção

  • Dividir a porção diária da ração e fornecer de 2 a 3 vezes ao dia, para evitar a ingestão excessiva de alimentos.
  • Evitar um longo período entre uma refeição e outra, assim o cão não terá fome e irá comer mais devagar, evitando engolir ar, que dentre outras coisas, irá produzir gás no estômago.
  • O dono deve estar ciente das patologias que seus cães estão propensos.
  • Coloque o prato no alto (por exemplo, em um banquinho) para que os cães grandes não se inclinem tanto para comer.
  • Evite que o cão consuma água antes ou após a refeição, se eles tendem a beber muita água.
  • Faça um intervalo de pelo menos uma hora, antes e após o animal comer, para a prática de exercícios.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.